quarta-feira, 13 de agosto de 2014

SAÚDE E EQUILÍBRIO - Trio de frutas deixa pele sem acne e linhas de expressão

Trio de frutas deixa pele sem acne e linhas de expressão


Típicas da estação mais quente do ano, frutas como a ameixa, cereja e o pêssego não só agradam o paladar como também são ótimas aliadas da beleza e saúde da pele. Isso porque, por serem ricas em fibras, minerais e vitaminas, combatem os famigerados vincos e linhas de expressão presentes na pele, além de ajudarem no tratamento da acne, reduzindo as bolinhas vermelhas e atenuando suas marquinhas.
Donas de uma poderosa reserva de vitamina C – responsável pela regeneração das células e pelo estímulo da produção de colágeno -, as iguarias naturais também são fonte de minerais, como o ferro e o magnésio, fundamentais para melhorar a circulação sanguínea e evitar o envelhecimento da cútis, deixando-a mais macia e luminosa.
Ameixa
Fonte de fibras, a ameixa também é rica em polifenóis, agente antioxidante que promete combater os radicais livres (principais responsáveis pelo envelhecimento da pele) e proteger o corpo contra enfermidades causadas pela desvitalização cutânea.
“Essa ação é mais potente quando a fruta está bem madura”, indica André Veinert, nutricionista da Clínica HealthMe, de São Paulo. O elemento ainda age como potente anti-inflamatório, acalmando a derme e diminuindo as marquinhas provocadas pelas espinhas. No entanto, para obter todas essas melhorias, o ideal é consumir quatro unidades da fruta com casca diariamente, seja ela fresca ou seca.
Cereja
Doce e saborosa, a cereja é ingrediente fundamental na batalha contra as rugas e o ressecamento da pele. O segredo de tanto sucesso está presente na sua casca, capaz de hidratar a cútis, principalmente as mais secas, e promover a eliminação das células mortas. Além disso, o fruto da cerejeira ainda possui efeito depurativo que ajuda a limpar o organismo de toxinas. “Para garantir uma cútis jovial e saudável, é preciso ingerir seis cerejas com a casca por dia”, ressalva André.
Pêssego
Ideal para mulheres que lutam contra a balança por conta da alta concentração de potássio, o pêssego combate o surgimento das rugas, melhorando o aspecto geral da pele, pois age diretamente na hidratação da cútis e melhora o trânsito intestinal. Por isso, para conquistar a famosa “pele de pêssego”, a dica é consumir duas frutas frescas (não vale o pêssego enlatado) por dia, sem a casca.
“O fruto do pessegueiro tem 90% da sua massa composta por água que resulta na hidratação da pele e manutenção dos tecidos corporais.”
Fonte: Terra

SAÚDE E EQUILÍBRIO - Naringina: o poder das frutas citricas - por corrigir as elevações de triglicérides e colesterol

Naringina: o poder das frutas citricas

Algumas pessoas tem dificuldade para perder peso. Isso pode ser fruto de uma dieta desregulada, falta de sono, comer nas horas erradas e até mesmo a falta de exercício físico. Isso você já sabe. Mas, o que você provavelmente não sabe é que as frutas cítricas – como o limão e a laranja – podem ser grandes aliados do emagrecimento.
Um flavanoide chamado naringina, encontrado em grandes quantidades nas frutas cítricas, tem animado médicos e nutricionistas ao redor do mundo. Ele é responsável por corrigir as elevações de triglicérides e colesterol, prevenir o desenvolvimento de resistência à insulina, normalizar o metabolismo de glicose e reprogramar o fígado para queimar o excesso de gordura em vez de armazená-la.
Se isso não fosse o bastante, estudos mostram que a naringina representa uma promissora abordagem terapêutica para a síndrome metabólica. Um importante aliado para você que tem dificuldades em emagrecer.
Mais uma vez, a naringina não é a solução para os seus problemas. Mas, pode ser uma grande aliada para quem pretende controlar o peso. O importante é ter uma vida saudável, com exercícios físicos e uma dieta equilibrada.


Fonte: LBB

SAÚDE E EQUILÍBRIO - Como as frutas ajudam a aumentar a libido

Como as frutas ajudam a aumentar a libido



A falta de libido afeta um número tão grande de mulheres, que estão surgindo algumas pesquisas sobre outros tratamentos para esse problema. Antes que a mulher procure tratamentos caros e medicamentos fortes para aumentar a sua libido, é importante que ela saiba que alguns produtos naturais e alguns alimentos podem diminuir o problema da falta de desejo sexual.

Medicamentos naturais como o Tribulus Terrestris age tanto nos homens, contribuindo para o aumento do desejo sexual e reforçando a ereção, como nas mulheres aumentando a libido. 

Do mesmo modo, é possível ver essa ação em algumas frutas estudadas recentemente.

A romã é popularmente conhecida por aumentar o desejo sexual, e um estudo sobre ela mostrou seu efeito no desejo sexual dos casais. 

O aumento na produção de óxido nítrico no corpo é um dos motivos que faz essa fruta aumentar a libido, pois ajuda na vasodilatação. 

Além disso, a fruta tem efeito afrodisíaco que pode ajudar o casal se consumida pelos dois.

O abacate também pode ser um grande aliado na melhora da libido, pois contém altos níveis de ácido fólico, que ajuda a metabolizar proteínas, gerando mais energias para gastar. 

A fruta contém potássio e vitamina B6 que colabora com a produção da testosterona, responsável pelo aumento da libido em mulheres e por reforçar a ereção no homem.

Uma pesquisa realizada com a melancia mostrou que a citrulina contida na melancia se transforma em anginina ao ser consumida. Esse aminoácido melhora a circulação e aumenta a produção de óxido nítrico, causando o relaxamento dos vasos. Alguns estudiosos acreditam que esse seja o mesmo princípio do Citrato de sildenafila (Viagra).

A Tâmara é uma fruta adocicada, e contém aminoácidos que colaboram para aumentar o desejo sexual. Igualmente, o figo contém aminoácidos que contribuem com a produção de óxido nítrico e são responsáveis por melhorar a libido em homens e mulheres.

Tribulus Terrestris além de ajudar no aumento do desejo sexual como estimulante e aumentar a libido, diminui a frigidez feminina e auxilia na rápida recuperação após atividade sexual.
A nutróloga Liliane Oppermann diz que os alimentos afrodisíacos auxiliam ainda mais a estimular a libido e a liberar o apetite sexual. “Esses alimentos podem exercer diversas ações no metabolismo: aumentam a circulação sanguínea, atuam diretamente no sistema nervoso central e alteram a libido. Além de aumentarem a produção dos hormônios sexuais, eles estimulam sensações de prazer favorecendo a lubrificação vaginal e o prolongando a ereção”, explica.
“Uma comida saudável preparada com especiarias ou um prato bem montado e apetitoso gera um estado de euforia, capaz de conduzir ou aumentar do desejo sexual”, diz a nutróloga Liliane Oppermann. Insira os alimentos afrodisíacos em sua refeição. Veja quais são eles, de acordo com a especialista:
Banana
“Rica em magnésio, promove a vasodilatação, que melhora o desempenho sexual”.
Chocolate
“Aumenta a produção de serotonina que permite sensações de prazer e felicidade. Esse efeito consiste na presença da feniletilamina que o chocolate apresenta, induzindo a sensações agradáveis”.
Sorvete de baunilha
“Contém altos níveis de cálcio e fósforo. O cálcio auxilia os músculos a controlarem a ejaculação e podem gerar orgasmos mais potentes”.
Morango
“Provoca os desejos sexuais por causa dos sentidos olfativos, além de possuir um formato fálico que influência no desejo sexual”.
Mamão
“Contém estrogênio, que pode aumentar o apetite sexual, além de fazer bem a saúde”.
Mel
“Ajuda o corpo a utilizar o estrogênio e aumenta os níveis de testosterona”.
Carne
“É rica em dopamina e norepinefrina. São duas substâncias químicas cerebrais que aumentam a sensibilidade durante o sexo”.
Frutos do mar
“As ostras são ricas em zinco. Elas têm uma participação especial quando o assunto é a lubrificação feminina, além de ajudar no tratamento de infertilidade do homem”.
Gengibre
“Estimula a lubrificação feminina e prolonga a função erétil devido a sua ação estimulante no sangue”.
Amendoim
“Rico em vitamina E. Se consumido sem excessos, aumenta a potência sexual e a energia”.
Alecrim
“É um poderoso estimulante, revigorante e atua sobre a impotência. O seu aroma também induz o aumento do apetite sexual”.
Pimenta
“A pimenta provoca reações fisiológicas no corpo, como transpiração, aumento da circulação sanguínea e frequência cardíaca. O seu excesso irrita os órgãos genitais causando uma sensação semelhante à excitação sexual”.
Ovo
“Composto de características que melhoram a libido e a produção hormonal”.
Manjericão
“Melhora a circulação sanguínea nas áreas erógenas e seu aroma pode ser excitante”.
Alho
“O alho pertence à tabela de alimentos afrodisíacos pela tradição chinesa. Ele aumenta a libido da mulher e age na circulação sanguínea, permitindo sensações no corpo, como, por exemplo, de estar aquecido”.

SAÚDE E EQUILÍBRIO - FALTA DE LIBIDO NA MULHER

FALTA DE LIBIDO NA MULHER



Mesmo neste início do século 21, a discussão franca e aberta entre marido e mulher sobre a falta de vontade sexual é rara e difícil. Uma minoria das mulheres casadas ou em vida quase conjugal seja em namoro ou como companheira constante do mesmo homem, estão prontas a declarar “eu não tenho vontade de fazer sexo”.
Por inibição, vergonha, timidez ou medo de perder o companheiro, preferem fingir que tudo está normal. A palavra libido foi introduzida por Freud para definir uma força interior, poderosa e atuante, que exercida tanto pelo homem como pela mulher, leva a um relacionamento harmonioso e permanente. Desde a época dos estudos iniciais de Freud e Jung, no entanto, notou-se que as mulheres queixavam-se de perda do desejo sexual com maior frequência do que os homens.
Na época pela repressão da sexualidade feminina não era de se estranhar que parcela importante de mulheres se queixava desta falta de libido.  Mas com a liberação sexual que ocorreu nos séculos seguintes, com a vinda da pílula anticoncepcional, com a progressiva liberação de se falar e discutir aspectos íntimos da vida sexual é de se estranhar que um porcentual relativamente grande de mulheres não tenha vontade sexual.
As mulheres que exprimem esta queixa são variáveis para cada país, para cada grupo étnico, para cada segmento de classe social. No Reino Unido concluiu-se após extensa pesquisa junto aos Centros de Primeiro Atendimento que cerca de 40% das mulheres se queixam de queda da libido. Seguramente este número é enganoso, pois se baseia somente nas perguntas básicas sobre vida conjugal e não abrange a imensa maioria das mulheres sem um relacionamento permanente. Provavelmente na Itália, na França, no Brasil este porcentual seja menor, embora as estatísticas são restritas a clínicas e consultórios.
Quais as causas?
As causas psicológicas, sem dúvida, ocupam o primeiro lugar em mulheres com queda da libido. É muito comum a depressão chamada endógena, isto é, que têm origem em conflitos psicológicos não resolvidos e que levam a mulher à tristeza, à falta de ânimo, ao cansaço constante, ao choro por qualquer motivo.
A mulher atual sofre com constante stress, reuniões do nascer do dia até tarde da noite, com metas a cumprir, com objetivos estabelecidos e sob o jugo do esquema que visa resultados, não terá tempo ou disposição para exercitar o seu desejo sexual, estando sempre cansada ou com dor de cabeça. No fundo esta supermulher está exausta.
Outra causa de falta de libido (que espero que seja rara) é o abuso sexual durante os anos escolares, no início da adolescência ou tentativa de estupro. Os psicólogos nos indicam que a falta do desejo sexual na mulher pode vir de trauma nas primeiras relações sexuais com um parceiro totalmente bruto, desagradável, e egoísta. A ansiedade de ter uma performance sexual adequada também pode diminuir a libido e inibir o orgasmo.
Fatores físicos como obesidade, imagem corporal negativa, dificuldades físicas no ato sexual devida ao excesso de peso passaram a ser um fator importante em países como os Estados Unidos com altíssimo índice de obesidade. Obviamente o oposto – a mulher em desnutrição protéico-calórica – não terá condições físicas para ter libido normal.
Na fase pós-parto, em aleitamento, com níveis de hormônio chamado prolactina muito elevado na circulação, há um bloqueio hormonal do desejo sexual. Dentro da mesma linha hormonal a hipófise pode secretar, fora da fase do aleitamento, um excesso de prolactina por um pequeno adenoma (micro tumor). Este excesso de prolactina bloqueia o desejo sexual da mulher. No hipotireoidismo (falta de hormônios da tireóide) existe uma apatia física e mental resultando em queda da libido.
Finalmente todas as mulheres secretam os seus hormônios femininos (estradiol e progesterona). Adicionalmente hormônios tipo masculino (testosterona) são igualmente secretados pela mulher em pequenas quantidades. Aceita-se que a Testosterona na mulher tenha um papel importante no desejo sexual e no orgasmo. A redução da libido pode, também, estar ligada a medicação utilizada, seja por fármacos, antidepressivos, ansiolíticos, bloqueadores da adrenalina e tantos outros. O abuso de drogas ilícitas, obviamente, leva a queda da libido tanto quanto o uso exagerado e constante de álcool.
O tratamento
O aconselhamento psicológico deve ser um primeiro passo. Neste campo as fantasias sexuais, história de abuso sexual, áreas de atrito constante com o parceiro, excesso de trabalho, stress total, fadiga constante, deverão ser percebidos, diagnosticados e, se possível, eliminados.  O aconselhamento conjugal sempre deverá ser realizado em conjunto com o parceiro e uma franca discussão, um amplo entendimento, uma total exposição dos problemas.
O uso de Testosterona para melhorar o desejo sexual na mulher veio com as mulheres menopausadas (que não produzem hormônios) frequentemente exibirem queda da libido. Estudos realizados nos EUA em cerca de 600 mulheres em menopausa já em reposição hormonal com estradiol (ou similar) foram instruídas para usar um adesivo cutâneo contendo Testosterona na dose de 0,3mg, diariamente. A testosterona atravessa o tegumento cutâneo e passa para a circulação.
Cerca de 400 mulheres completaram os seis meses do estudo. Todas notaram melhora na função sexual seja na libido, no prazer, no orgasmo e na satisfação sexual. O nível circulante de Testosterona foi mantido em valores relativamente baixos para evitar efeitos colaterais como excesso de pelos e acne, além de efeitos somáticos (musculatura). Estes dados confirmam que a introdução de testosterona pode elevar o limiar para uma libido mais atuante tanto em mulheres na menopausa com aquelas em fase de vida fértil.

SAÚDE E EQUILÍBRIO - DEPRESSÃO E A TIREÓIDE

DEPRESSÃO E A TIREÓIDE


A síndrome depressiva é caracterizada por alterações de humor, com ansiedade, insônia e demais sintomas psicológicos que persistem por um período mínimo de duas semanas, com impacto mais ou menos profundo nas atividades sociais e ocupacionais, prejudicando o trabalho do paciente, ou limitando sua atividade produtiva e profissional. A severidade da depressão é geralmente avaliada por uma escala de pontos em que cada sintoma ganha um valor numérico. Os pacientes que, nesta escala, têm um “score” muito elevado são portadores de depressão extremamente severa.
A classificação psiquiátrica emprega várias terminologias para diferentes subtipos de sintomas depressivos. É o caso da depressão pós-parto (relativamente comum, atingindo 10% das puérperas e com alterações na glândula tireoide); da doença depressiva sazonal, que ocorre em invernos prolongados do hemisfério norte; e da depressão com predomínio melancólico, com sinais depressivos durante o período matinal, perda do apetite, peso e retardo psicomotor.
As causas
Em nosso cérebro, as comunicações são efetuadas por meio de ondas eletromagnéticas perceptíveis ao exame chamado de eletroencefalograma. Por outro lado, os elementos que constituem a massa cerebral – os neurônios – têm como forma de mensagem as substâncias químicas chamadas monoaminas (serotonina, dopamina e nor-adrenalina).
A hipótese mais aceita pelos cientistas e neurologistas clínicos é que as síndromes depressivas se associam a uma queda da atividade da serotonina. Com menor conteúdo de serotonina, o sistema de mensagem entre neurônios torna-se errático, levando ao desequilíbrio de outros neurotransmissores, tais como a nor-adrenalina. Quando o clínico, o psiquiatra, o neurologista indicam medicamentos que elevam a serotonina, os sintomas depressivos se atenuam e progressivamente desaparecem.
Outras teorias sobre estados depressivos indicam que baixos níveis de hormônio feminino (estradiol), encontrados na maioria das mulheres menopausadas, podem ser coadjuvantes no desencadear da depressão e que a reposição hormonal com estradiol favorece a “cura” do estado depressivo.
A função da tireoide e a depressão
Os hormônios da tireoide, tiroxina (T4) e tri-iodo-tironina (T3), são essenciais para o funcionamento do sistema nervoso central. O cérebro transforma o hormônio tiroxina em T3 por meio de uma atividade enzimática peculiar à célula nervosa. O hormônio T3 liga-se à célula nervosa por um receptor especial e induz vários efeitos metabólicos dentro da célula nervosa.
Desta breve descrição da importância do hormônio da tireoide para o tecido cerebral veio a noção de que a falta de T3, como ocorre em pessoas com HIPOTIREOIDISMO (falta de hormônio da tireoide) seria causa de síndromes depressivas ou seria um agravante da depressão.
Mais tarde, estudos realizados em pacientes que tiveram a glândula tireoide totalmente removida por cirurgia, por doença auto-imune ou por uso de iodo radioativo em dose elevada indicaram que o estado de melancolia, baixa capacidade de comunicação e alterações psicomotoras estavam associados à baixa produção de hormônios tireoideos.
Hoje já se sabe que o hipotireoidismo agrava os estados depressivos. Por outro lado, a persistência do estado de baixa função da glândula tireoide pode dificultar o tratamento do depressivo com os fármacos serotoninérgicos usuais. Por este motivo é consensual a solicitação da dosagem do nível de hormônios tireoideos (T4, T3, T4 livre) e de TSH (hormônio da hipófise que estimula a tireoide) no conjunto de exames que avaliam o paciente com depressão.
Alguns autores propõem a introdução de pequenas doses de hormônios da tireoide em casos de depressão em que exista o chamado hipotireoidismo sub-clínico, isto é, pacientes que possuem níveis de tiroxina livre (T4 livre) normais, mas TSH elevado. Tal prática, contudo, ainda não é aceita por alguns endocrinologistas, embora tenha o sentido terapêutico de abreviar o retorno do paciente depressivo a suas atividades habituais com o alívio dos sintomas melancólicos.
Por Geraldo Medeiros

DESPERTANDO O CONHECIMENTO - AS MÚLTIPLAS FUNÇÕES DA GLÂNDULA HIPÓFISE

AS MÚLTIPLAS FUNÇÕES DA GLÂNDULA HIPÓFISE 



A hipófise, ou pituitária, sempre foi alvo de intensa curiosidade para os cientistas, que procuravam descobrir quais são as funções dessa misteriosa glândula, situada logo abaixo do nosso cérebro, na altura do nariz, em direção à nuca. Na Grécia Antiga, a curiosidade se voltou para a haste que 'segura' a hipófise, pela qual a glândula recebe e envia informações ao hipotálamo. Na opinião dos gregos, essa haste transportava o “espírito vital” da corrente sanguínea para o cérebro. Recebia de volta secreção cerebral que descia até a hipófise e seguia até a cavidade nasal como muco (em grego, pituita, daí a nome da glândula). É admirável saber que há 2.500 anos os gregos já suspeitavam que a pituitária seria um elo entre o cérebro e o resto do corpo humano. Só no fim do século XIX é que se suspeitou que a hipófise poderia secretar hormônios, e que tanto o excesso de certas secreções como a falta de algumas substâncias hormonais poderiam levar a várias doenças já conhecidas na época.
Quais hormônios são secretados pela glândula?
Com o melhor conhecimento da fisiologia da pituitária, notou-se que a famosa haste dos gregos antigos é, de fato, a 'ponte' que leva e traz informações vindas de núcleos de células cerebrais na área do hipotálamo. Hoje sabemos que esses núcleos secretam substâncias que estimulam a hipófise a 'fabricar' hormônios. Um exemplo da coordenação entre o cérebro e o sistema hormonal é a puberdade. O cérebro já está programado para indicar quando deve começar o estímulo aos hormônios e quando eles têm sinal verde para começar a transformação de uma criança em um adolescente. Gostamos de comparar este complexo sistema a um despertador de relógio. O despertar da puberdade ocorre quando os núcleos do hipotálamo passam a enviar mensagens bioquímicas para que a hipófise inicie o processo de secretar hormônios — e estimule os ovários nas meninas e os testículos nos meninos.
Desde a vida fetal, no útero materno, a hipófise já funciona estimulando a tireóide a trabalhar por meio da secreção de um hormônio conhecido como TSH. Outro hormônio muito importante ainda na vida fetal é o de crescimento (GH), secretado de forma contínua para que a criança tenha um desenvolvimento normal. A hipófise também controla as glândulas supra-renais por um hormônio chamado ACTH. Outro hormônio, a prolactina, estimula a lactação logo depois do parto.
As notáveis características da hipófise
É impressionante como essa pequenina estrutura é capaz de fazer coisa. Pesando cerca de 600 miligramas, a hipófise é dividida em duas porções: a anterior, ou adenoipófise, que fornece os hormônios que controlam as outras glândulas do corpo, e a posterior, ou neuro-hipófise, que basicamente regula nosso metabolismo quando se trata de água e sais minerais. A glândula, portanto, é um verdadeiro centro de regulagem e manutenção do nosso sistema hormonal. É indispensável desde a vida fetal, para que a criança em gestação tenha o estímulo necessário para começar a produzir hormônios da tireóide. Eles são absolutamente essenciais para que o recém-nascido tenha crescimento normal e ótimo desenvolvimento cerebral. Da mesma forma, o hormônio de crescimento (GH) é extremamente importante para o estímulo das zonas de crescimento ósseo, mesmo depois do término do período de crescimento da criança e do adolescente. É curioso saber que o GH é secretado à noite, durante o sono da criança, em repetidos picos. Eles são mais freqüentes quando o período de crescimento é mais intenso. O GH também é secretado durante o dia, principalmente quando a criança pratica exercícios aeróbicos.
Entre os outros hormônios regulados pela hipófise está o ACTH, que controla a secreção dos vários hormônios das glândulas adrenais (como a cortisona), importantes no controle dos níveis de sais minerais, como o potássio e o sódio. O LH e o FSH são indutores da puberdade e permitem, na vida adulta, que ocorra a ovulação na mulher. Também estimulam a função hormonal masculina e a produção de espermatozóides. Por fim, a hipófise também produz a prolactina — que, como o nome indica, está ligada ao estímulo pós-parto para que as glândulas mamárias produzam o leite essencial à nutrição do recém-nascido.
Quando a hipófise funciona pouco (ou demais)
Quando a hipófise provoca uma produção exagerada de hormônio de crescimento antes da puberdade, pode ocorrer o gigantismo. O adolescente cresce de forma rápida e intensa, alcançando estatura digna de figurar no livro dos recordes. Quando o hormônio de crescimento é secretado em profusão na vida adulta, surge um problema chamado de acromegalia. Quando isso ocorre, há crescimento da face, mandíbulas, mãos, pés, órgãos internos (incluindo fígado e coração), vértebras e sistema ósseo em geral. Já a secreção anômala da prolactina pode levar a produzir leite fora do período de aleitamento pós-parto (problema conhecido como galactorréia). Durante a gravidez, a hipófise aumenta de volume, a circulação se amplia e a quantidade de hormônios produzidos se eleva. Logo depois do parto, a hipófise volta ao tamanho normal. Às vezes pode ocorrer um distúrbio circulatório que 'destrói' parcialmente a hipófise no pós-parto. Esse fato leva à dramática falta de funções da pituitária, provocando a necessidade de reposição dos hormônios que estão faltando.