sexta-feira, 29 de maio de 2015

SAÚDE E EQUILÍBRIO - Cansaço excessivo pode ser um sinal de doenças

Desequilíbrios hormonais e deficiência nutricional podem estar por trás do sintoma


Ela pode chegar de mansinho, se instalando vagarosamente, uma sensação defadiga, moleza e falta energia, até mesmo para executar as pequenas atividades cotidianas. Mas será que é isso normal? Com a correria do dia a dia muitos atribuem essa sensação de cansaço extremo a noites mal dormidas e ao estresse, situações de desânimo que geram um impacto profundo nas atividades sociais e na produtividade profissional, tornando-se hoje uma das principais queixas dos consultórios médicos. 
A severidade dessa sensação de cansaço e fadiga pode e deve ser avaliada por uma escala de sinais, pois uma noite mal dormida, horas enfrentando o trânsito das grandes capitais ou ainda viver em eterno estado de tensão e estresse podem sugar sua energia. No entanto, existem outros fatores que podem e devem ser considerados, como os desequilíbrios clínicos decorrentes de carências nutricionais, desequilíbrios hormonais, infecções e doenças autoimunes. Vamos falar sobre os principais fatores que podem causar o cansaço excessivo:

Desequilíbrios hormonais


O declínio hormonal pode ocorrer em ambos os sexos, sendo um fator mais comum para as mulheres no período próximo ao climatério, e entre os 50 e 60 anos para o homem. O declínio hormonal é fisiológico, e não uma doença, mas quando a queda é acentuada pode gerar sintomas desagradáveis, dentre eles a sensação de fadiga e o cansaço.
Definir as causas da fadiga e do cansaço é de extrema importância, e isso deve ser feito por meio de avaliação médica criteriosa
Uma das hipóteses estudadas associa a sensação de cansaço permanente a uma queda de atividade dos neurotransmissores, como serotonina, dopamina e noradrenalina, indicando que o declínio hormonal pode ter ligação direta com a falta de energia e a sensação de fadiga. Nesse caso, é indicada a reposição hormonal, para reequilibrar o correto funcionamento do sistema nervoso central.
A baixa produção ou a falta de hormônios tireoidianos, por exemplo, pode agravar a sensação da falta de energia e causar sintomas de depressão, sendo portanto fundamental que o médico analise também os hormônios tireoidianos para buscar as causas da fadiga.
Alguns estudos, ainda não aceitos por toda a classe médica, propõem a reposição desses hormônios em pacientes com hipotireoidismo sub-clínico (quando os níveis hormonais estão apenas um pouco abaixo do limite ou no limite) e que apresentem quadro de cansaço excessivo, queda de cabelo e outros sintomas que tirem a qualidade de vida do paciente, melhorando assim a volta às atividades habituais do dia a dia com energia e disposição revigoradas.
Alimentos que ajudam na produção de hormônios tireoidianos (Iodo e Selênio) são indicados como coadjuvantes. Boas fontes de selênio são as oleaginosas (castanhas do Pará, castanha de caju e etc) e boas fontes de iodo são o sal marinho (evite excesso), peixes e algas marinhas.

Anemia

Muitas doenças hoje são ocasionadas por desequilíbrios alimentares, e esse é o caso do desenvolvimento da anemia ferropriva, situação muito associada à queda de energia e disposição física. Isso acontece pois o ferro é um nutriente essencial ao organismo, responsável pela produção de glóbulos vermelhos e transporte de oxigênio. A deficiência de ferro surge principalmente por carência nutricional, infecções intestinais, menstruação com fluxo sanguíneo muito intenso e durante a gravidez - mas qualquer pessoa pode desenvolver anemia, se não receber o aporte correto na dieta ou tiver problemas de absorção.
O tratamento contra a anemia é determinar sua causa e corrigi-la, uma vez constatada por exames laboratoriais, e nesses casos a recomendação é uma dieta rica no nutriente, que é encontrado principalmente na carne vermelha, em verduras verde escuras, leguminosas e alimentos enriquecidos, que ajudarão a suprir as necessidades diárias de ferro.

Déficit vitamina D

Estudos atuais revelam que a baixa dosagem de vitamina D no sangue é uma das prováveis causas do cansaço excessivo e sensação de desânimo. A dosagem de vitamina D no sangue é feita em laboratório e deve ficar acima de 30 mg/dl. Expor-se mais ao sol, mas sem exagero, e aumentar a ingestão de alimentos ricos em vitamina D, como a sardinha, é uma das estratégias de combate ao cansaço.

Dietas restritivas

Eliminar de maneira radical grande quantidade de alimentos ou fazer dietas da moda que cortam de maneira exagerada certos grupos alimentares podem gerar déficits nutricionais, pela dificuldade de conseguir obter por meio da alimentação nutrientes importantes para o organismo. O carboidrato, por exemplo, nos dá glicose, que é um combustível importante para o corpo e sem ele a sensação de esgotamento é mais frequente, tornando as queixas de cansaço e falta de energia mais comuns após as duas primeiras semanas de restrição.
O tratamento consiste em uma dieta equilibrada, que privilegie os bons carboidratos, boas proteínas e boas gorduras, além de combinar bons nutrientes, como os alimentos ricos em vitaminas do complexo B, que aumentam a resistência à fadiga.

Estresse e ansiedade

A ansiedade e o estresse são sem sombra de dúvidas males da vida moderna e a queixa mais frequente é a de acordar cansado. Isso ocorre porque o estresse libera quantidades altas de cortisol e adrenalina, hormônios que em altas doses prejudicam o funcionamento dos neurotransmissores, deixando os indivíduos ansiosos, com dificuldade de concentração e no sono. O tratamento nesse caso é praticar uma atividade física prazerosa, que alivie as tensões, e em casos extremos a recomendação é a de uso de medicamentos.
Definir as causas da fadiga e do cansaço é de extrema importância, e isso deve ser feito por meio de avaliação médica criteriosa, na qual um especialista fará um check-up clínico, nutricional e hormonal, descartando assim patologias que podem originar todos os sintomas.

SAÚDE E EQUILÍBRIO - Reconheça os sinais de que sua tosse não é normal

Presença de secreções e tempo de duração acusam diferentes doenças

tosse é um reflexo natural do aparelho respiratório para eliminar micro-organismos que estejam afetando as vias aéreas - seja nariz, garganta ou pulmões. Mas nem sempre a tosse é igual ou chega sozinha, e analisar os diversos aspectos dela pode ajudar a entender se é um quadro alérgico leve ou sintoma de algo mais grave, como uma pneumonia. Conheça as principais características da tosse e quando buscar ajuda médica:

Tosse seca

De acordo com o otorrinolaringologista Jamal Azzam, da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, geralmente a tosse seca é bastante incomodativa e não faz barulho de secreção - nem na garganta, nem nos pulmões. A tosse seca quase sempre sofre alguma alteração no sistema respiratório, como:

mulher tossindo - foto: Getty Images
A tosse aguda é aquela que dura até 3 semanas

  • Rinite alérgica
  • Faringites agudas irritativas, virais, bacterianas ou fúngicas
  • Amigdalites virais ou bacterianas
  • Laringites irritativas, virais ou bacterianas
  • Traqueítes ou laringotraqueítes virais ou bacterianas
  • Crise de asma/bronquite aguda
  • Pneumonia viral ou bacteriana
  • Uma causa grave e que pode levar à risco de morte é a embolia pulmonar.
Entretanto, a tosse também pode ocorrer como sintoma de outras doenças. "Ela pode ser sintoma de alterações cardiovasculares, reumatológicas ou gastroenterológicas, assim como de tumores benignos e malignos ou então um efeito colateral de medicamentos", explica o otorrinolaringologista Jamal. Além disso, muitos quadros virais ou bacterianos - como um resfriado ou gripe - podem manifestar tosse seca no final ou após o final do tratamento. "A pessoa tem nariz entupido, secreções e cerca de uma semana depois tem tosse."
O especialista afirma que se a tosse seca estiver acompanhada de febre alta persistente, mal estar intenso no corpo e dores nos olhos, é necessário buscar ajuda médica.

Tosse produtiva

"Na tosse é expelido o muco ou mais conhecido como catarro, que pode ser claro, espesso, branco, verde, amarelado ou em alguns casos acinzentado", diz Jamal Azzam. O muco ou catarro é produzido por pequenas glândulas que ficam abaixo da mucosa, uma camada que reveste internamente as vias aéreas. Segundo o pneumologista Ciro Kirchenchtejn, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o muco é composto por água (90 a 95%), glicoproteínas, sais e restos celulares. Sua função é proteger as vias aéreas do ataque de vírus, bactéria se outros micro-organismos que podem infectar nosso corpo.
A presença do sangue na tosse pode indicar uma infecção viral, fúngica ou bacteriana.
Justamente por isso, a cor, consistência e até mesmo o odor do muco podem nos dizer se há algo de errado, uma vez que para eliminar os organismos invasores ele poderá ficar mais concentrado, com sangue ou mesmo mal cheiroso. "Quando existe catarro, a sugestão é que não seja somente uma doença irritativa, e sim viral ou bacteriana", explica Jamal. Da mesma forma que a tosse seca, a tosse produtiva também pode ocorrer após o tratamento de algumas doenças, uma vez que o organismo ainda está eliminando os micro-organismos.
Segundo os especialistas, sintomas como falta de ar e cansaço constante e/ou para atividades físicas leves devem motivar uma consulta médica. Clique aqui para saber mais sobre a cor e consistência do muco e quando ele indica problemas.

Que produz gosto ácido ou amargo na boca

Doenças como gastrite e refluxo gastroesofágico podem gerar uma tosse com gosto amargo na boca. "Quando há um retardo no esvaziamento dos alimentos do estômago, que sofrem uma fermentação por ação de bactérias, liberando odores desagradáveis", explica o gastroenterologista Décio Chinzon, do Laboratório Pasteur, em Brasília. "Algumas sintomas associados à tosse levantam suspeita para um problema gastroenterológico, como azia, irritação constante na garganta, sensação de que tem algo parado na garganta, ardor na garganta ou na boca e queimação na língua", enumera o otorrinolaringologista Jamal.

Tosse por tabaco

tabagismo leva a uma tosse crônica, persistente e bastante incomodativa. Geralmente tem secreção associada cronicamente também. A secreção liberada na tosse do tabagista costuma ser escura, amarronzada. "O tabaco é um importante irritante das vias aéreas, tanto nasais como brônquicas e pode estimular as glândulas a produzirem mais muco", diz o pneumologista Ciro.
Parar de fumar aumenta as chances desse tipo de tosse diminuir com o tempo. "No entanto, pessoas que fumam há anos dificilmente irão parar de tossir, uma vez que a irritação de toda árvore respiratória é crônica e sequelar", completa Jamal Azzam.

Tosse com sangue

A presença do sangue na tosse pode indicar uma infecção viral, fúngica ou bacteriana. "Outras causas de tosse com sangue incluem ruptura de vasos do sistema respiratório, tumores, tuberculose, entre outros", afirma o otorrinolaringologista Jamal. Segundo o especialista, toda a tosse com sangue deve ser investigada, principalmente se associada à rouquidão persistente.

Por que a tosse piora à noite?

Quem sofre com tosse crônica ou está passando por um quadro agudo sabe que a situação tende a piorar à noite, principalmente durante o sono. Segundo o otorrinolaringologista Jamal, nosso sistema de proteção contra as inflamações e infecções fica mais debilitado durante a noite. "A causa é que o hormônio anti-inflamatório e antialérgico, o corticoide natural, é liberado uma vez por dia, somente de manhã, então à noite esse hormônio já foi consumido, causando uma piora no quadro de diversas doenças", diz. Essa situação é especialmente comum em crianças que apresentam alergia - nesses casos, a tosse começa cerca de 1 hora depois do sono e pode perdurar a noite toda.
Além disso, a posição deitada prejudica a drenagem das secreções das vias respiratórias, o que favorece seu acúmulo e estimula a tosse. Investir em travesseiros mais altos durante as crises de tosse podem ser uma alternativa para reduzir o problema.

Diferenças entre tosse aguda e crônica

De acordo com os especialistas, a tosse aguda é aquela que dura até 3 semanas. Já a tosse crônica dura mais de 8 semanas e deve ser investigada independente dos sintomas relacionados. "Entre as tosses aguda e crônica existe a tosse subaguda, que já deve ser tratada com atenção", afirma Jamal Azzam. Por isso, muito cuidado: tosse persistente por mais de 10 dias já é justificativa para uma consulta médica!
POR CAROLINA SERPEJANTE ATUALIZADO EM 21/05/2015

segunda-feira, 25 de maio de 2015

SAÚDE E EQUILÍBRIO - Cistocele (bexiga caída): Sintomas e Tratamento - Atenção às disfunções do assoalho pélvico. Se não tratados, casos podem afetar até mesmo a vida sexual de quem apresenta a patologia.

Cistocele (bexiga caída): Sintomas e Tratamento





(As informações abaixo, não dispensam consulta médica)
Cistocele também conhecido como bexiga prolapso é o resultado de enfraquecimento e estiramento da parede da bexiga entre uma mulher e vagina, provocando a queda da bexiga na vagina. Isto pode também envolver o útero que desce na vagina e fica saliente a partir da abertura vaginal. 

As razões mais comuns para a ocorrência do transtorno são a gravidez eo parto. Para facilitar a relação sexual eo parto as paredes da vagina tem elasticidade. Num caso de parto vaginal, existe uma probabilidade de as paredes ficando esticadas levando a um prolapso. Também as mulheres que têm vários filhos, têm uma chance maior de ter esta doença. No entanto, esta pode não ser a única razão para a ocorrência do transtorno de cistocele. Às vezes as mulheres envelhecem ou após a menopausa, a diminuição nos níveis de estrogênio causa a degeneração dos músculos pélvicos, que por sua vez leva a cistocele. Cistocele pode também estar ligada à constipação, obesidade crônica e até mesmo a genética. Tendo uma histerectomia ou a remoção do útero também pode causar cistocele. 

Os sintomas da Cistocele 

Os sintomas de cistocele são exibidas, dependendo do grau da doença. No caso de um distúrbio leve cistocele ou quando a bexiga cai apenas um pouco mais para dentro da vagina, não existem sintomas visíveis. Para os graus mais elevados da doença, isto é, quando a bexiga fica muito suficiente para alcançar a abertura vaginal ou quando na verdade vem através da abertura da vagina os sintomas são graves. 

Os sintomas podem incluir: 

* Pressão na pelve e da vagina especialmente durante longos períodos de pé. 

* Dificuldade em iniciar e parar a micção e aumento da frequência urinária. 

* Incapacidade de esvaziar a bexiga após a micção. 

* Dificuldade enquanto esforço, tosse e curvando-se. 

* A incontinência de esforço ou perda do controle urinário, especialmente ao rir, espirrar ou tossir. 

* Recorrendo a incidência da infecção do trato urinário. 

* Extrusão do tecido: Com o aumento da gravidade do caso, a vagina e da bexiga podem sobressair fora da entrada vaginal. 

* A relação sexual pode resultar em dor e perda urinária. 

Tratamento da Cistocele 

O tratamento do distúrbio baseia-se na sua gravidade. Para casos mais leves, sem sintomas, o tratamento pode envolver exercícios de auto-determinados cuidados e fisioterapia. Nos casos moderados a utilização de um pessário é recomendada. É um dispositivo que, quando colocado na vagina mantém a bexiga no lugar. Com base na adequação e conforto o médico pode recomendar um pessário para o paciente. Às vezes, um tampão ou diafragma também é sugerida como uma alternativa. Na maioria das vezes esta é uma solução temporária para a cirurgia. 

Em casos graves cirurgia é recomendado que o médico coloca a bexiga de volta à sua posição normal. Os músculos são apertados pélvicos e algumas partes do tecido esticado pode ter que ser removido. A operação é geralmente realizada por um ginecologista ou um urologista. 

Os médicos também recomendam a terapia com estrogênio para aqueles que experimentam sintomas da menopausa. Isto é feito de modo a manter os músculos pélvicos forte que pode ter sofrido degeneração devido à ausência de estrogênio após a menopausa. Por vezes, os médicos podem recomendar a remoção do útero, se houver um prolapso do útero, bem como a bexiga. Com a recorrência de cistocele, o tratamento cirúrgico é recomendado novamente. 

Cistocele pode ser prevenida através de medidas que incluem exercícios, uma dieta rica em fibras e beber de oito a dez copos de água. Para as pessoas com obesidade, recomenda-se que consultar o médico para determinar o peso ideal. No caso de a informação adicional, com base no diagnóstico os médicos podem responder a consultas do paciente.

Atenção às disfunções do assoalho pélvico. Se não tratados, casos podem afetar até mesmo a vida sexual de quem apresenta a patologia.
Situações de perda involuntária de urina, desconforto durante relação sexual e a famosa "bexiga caída" agora contam com tratamentos menos invasivos que cirurgias. A fisioterapia urinoginecológica e urológica surgiu como uma opção para reverter quadros mais leves e auxiliar o processo de cura de casos mais severos.

 Com o tempo, a musculatura do corpo humano começa a perder o tônus. Este processo ocorre em toda a musculatura, já que as fibras de sustentação ficam cada vez menos rijas, com capacidade de contração reduzida. Isto também ocorre com a musculatura do assoalho pélvico. A gama de problemas ocasionada por esta falta de sustentação são chamados de disfunções do assoalho pélvico.
A musculatura desta região é responsável por apoiar os órgãos localizados na cavidade pélvica, como bexiga, próstata, reto e órgãos reprodutivos femininos. Também estão relacionados com o funcionamento dos esfíncteres urinários e anal. Assim, alterações na musculatura pélvica podem resultar em disfunções urinária e intestinal.
Os principais fatores causadores das disfunções são obesidade, procedimentos cirúrgicos, gestação, idade avançada, parto e menopausa. Algumas pessoas podem desenvolver esta disfunção em decorrência de fatores genéticos ou do seu tipo de colágeno.

A fisioterapeuta Luísa Braga Jorge, especialista em uroginecologia e urologia, explica que as principais disfunções são: incontinência urinária, fecal, dispareunia (dor durante a relação sexual), constipação, e prolapso (bexiga caída). Entretanto, o que apresenta maior prevalência é a incontinência urinária.

Esta disfunção independe de sexo, mas a maior incidência é registrada em mulheres devido à anatomia pélvica. Pesquisas indicam que de 12% a 56% das mulheres de 40 a 69 anos apresentam casos de incontinência urinária. No Rio Grande do Sul os índices podem aumentar em decorrência do frio. "A contração do corpo quando se está com frio gera espasmos na musculatura que podem facilitar a ocorrência de casos de incontinência", relata a fisioterapeuta.

Alternativas diferenciadas
de tratamento

Mas o diagnóstico desses casos irá depender unicamente da observação do próprio afetado, já que não existe um exame específico para diagnosticar tais condições. Contudo, após o quadro ser de conhecimento do médico, os tratamentos são basicamente simples.

O importante é que ao notar os primeiros sinais, procure auxílio profissional imediatamente, pois além de causar dor e constrangimentos, essas disfunções podem afetar até mesmo a vida sexual de um casal, já que o prazer sexual também está relacionado a esse conjunto de 13 músculos da região pélvica. Entre as disfunções sexuais que ele pode favorecer quando lesionado estão o vaginismo (contração involuntária dos músculos próximos da vagina, impedindo a penetração do pênis) e a dispareunia (dor durante a relação sexual).

Apesar de cirurgias e medicamentos serem as formas mais tradicionais de tratamento, existem alternativas menos invasivas e tão eficazes quanto. São exercícios realizados através de fisioterapia, que auxiliam no processo de fortalecimento destes músculos.
A fisioterapeuta Luísa, a primeira a trabalhar estes métodos alternativos em Bagé, explica quais são e como funcionam cada tipo de tratamento:

- Biofeedback: é a terapia mais comum no tratamento da disfunção do assoalho pélvico. Não é doloroso, e é eficaz em aproximadamente 75% dos casos. Através de exercícios de contração da musculatura pélvica, o paciente recebe uma resposta auditiva ou visual para saber se está executando o exercício de forma correta. O treinamento inclui diferentes métodos de conscientização e relaxamento, como, por exemplo, técnicas musculares, respiratórias, autogênicas e cognitivas.

- Técnicas de relaxamento e fortalecimento: envolve ioga e exercícios como pilates.
- Eletroestimulação, exercícios perineais, técnicas comportamentais, e reorganização corporal.

"Em grande parte dos casos, não é necessário submeter o paciente a um tratamento invasivo, uma cirurgia. Com técnicas simples de readequação, grande parte dos distúrbios pode ser contornada", afirma Luísa.

Como evitar o enfraquecimento da musculatura?

Existem diversos tipos de exercícios que podem ser realizados no próprio conforto do lar ou mesmo durante as atividades da vida diária. Mas, assim como em qualquer outro exercício de academia, o treino da musculatura requer persistência e precisão nos movimentos, sendo ideal o monitoramento inicial por um fisioterapeuta especialista: se realizados de maneira incorreta os exercícios podem ser prejudiciais, causando efeito inverso ao desejado.

O exercício abaixo é simples, nada mais do que a contração dessa musculatura que envolve a região do ânus e da vagina, para tonificar a área e prevenir problemas:

- Deitada de frente, com os joelhos dobrados e pés apoiados no chão ou colchão, coloque a mão desde o púbis, que é osso acima da vagina, até o cóccix, o osso do final da coluna. Está identificada a musculatura do seu assoalho pélvico.

- Em seguida, tente contrair, como se fosse segurar gases. Você vai sentir um movimento de sugar toda a região do ânus e da vagina para dentro. Depois tente realizar esse mesmo movimento e segurar essa contração por um segundo e relaxar dois segundos. Repita dez vezes.

- Aumente o tempo da contração para cinco segundos e relaxe dez segundos. Repita novamente dez vezes.
 
Fonte: Jornal Minuano

Fonte: Hospital Santa Lúcia 


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SAÚDE E EQUILÍBRIO - O que é a Quiropraxia?

QUIROPRXIA E O EQUILÍBRIO
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Quiropraxia é uma profissão da saúde que lida com o diagnostico, tratamento e a prevenção das desordens do sistema neuro-músculo-esquelético e dos efeitos destas desordens na saúde em geral.

O que é a Quiropraxia?

Há uma ênfase em técnicas manuais, incluindo o ajuste e/ou a manipulação articular, com um enfoque particular nas subluxações.
O que é Quiropraxia?
O que é Quiropraxia?
Os conceitos e os princípios que distinguem e diferenciam a filosofia da Quiropraxia de outras profissões de saúde são de grande importância para a maioria dos quiropraxistas e influenciam profundamente a atitude e a abordagem destes em relação à atenção à saúde.
A relação entre a estrutura, particularmente a coluna vertebral e o sistema músculo-esquelético, e a função, especialmente coordenadas pelo sistema nervoso, constitui a essência da Quiropraxia e o seu enfoque para a restauração e preservação da saúde.
Hipoteticamente, conseqüências neurofisiológicas significativas podem ocorrer como resultado de distúrbios funcionais mecânicos da coluna vertebral, descritos pelos quiropraxistas através do termo subluxação ou complexo de subluxação.
O exercício da Quiropraxia enfatiza o tratamento conservador do sistema neuro-músculo-esquelético, sem o uso de medicamentos e procedimentos cirúrgicos. Causas e conseqüências biopsicossociais também são fatores significativos na abordagem do paciente.
“A existência da Vida e do Universo é o grande milagre”.
Por meio de manipulação, - ajuste, alinhamento – o Terapeuta alinha o “sistema-músculo-esqulético”, restabelecendo a harmonia e funcionamento orgânico.  
No corre-corre da vida urbana hodierna que nossa sociedade vive, por muitas vezes, ao sentirmos algum tipo de dor ou desconforto, optamos pela automedicação, que “aparentemente” resolve nosso problema.  Ao eliminarmos a dor, estamos “calando” o aviso enviado pelo corpo de que algo está errado – prorrogando nossa busca por um tratamento correto. A dor normalmente é um sintoma e não a causa. Isso sem mencionar outras enfermidades que o uso excessivo de medicamento pode causar em nosso organismo. 
Além de nossa memória emocional, existe a memória física – quando o cérebro memoriza os sintomas. Com o alinhamento das vértebras, juntas, músculos e esqueleto, o profissional corrige a postura substituindo os registros da memória física, fazendo com que o bom funcionamento permita que seu corpo trabalhe em harmonia.
A prática da Quiropraxia não é limitada ao mero tratamento do Sistema Estrutural (Sisteme-músculo-esquelético). Muitas doenças são decorrentes do mau funcionamento deste Sistema. As vezes uma dor nos rins pode ser um reflexo de um desalinhamento da Coluna. 
Transcrevo abaixo uma lista de enfermidades e mal estares que podem ser tratadas com a técnica de reflexoterapia Quiroprática, conforme o Dr. Michel Dupont:

“As letras depois do número da vértebra correspondem: C – Cervicais, D – Dorsais, L – Lombares, S – Sacrais.
- Angústia – 5.D
-Albumina – 8.D
Atelaxia – 6.7.D
Abcessos do Cérebro – 1.C
Arritmia – 2.C
Amígdalas – 3.4.5.6.C. – 4.D
Asma – 4.5.6.7.C. – 1.D
Artrite espadual (Dor nas costas)  - 6.7.C
Aneurisma – 7.C
Asfixia – 4.D
Arroto – 4.D
Anemia – 11.12D
Apêndice – 3.L
Baço – 1.2.3.D – 1.2.4.5.L – 11.12.D
Bócio – 4.5.7.C
Braço – 6.C
Bíceps – 6.C
Brônquios – 1.2.3.6.7.D
Bexiga – 4.D – 1.2.3.4.5.L
Cefaléia – Coriza – Coma – Convulsões – Crupe – Cretinismo – 1.C
Cabeça – 2.3.C
Cérebro – 1.3.C
Coração – 2.3.4.5.6.7.D
Cordas Vocais (fala) – 3.C
Coriza – 7.C
Congestão Abdominal – 2.3.L
Cardia – 2.3.D
Canal Colédoco – 7.D
Diafragma – 1.2.3.4.4.6.7.D
Dentes – 11.12D
Desmaio – 7.C
Diabetes – 7.11.12.D
Debilidade Cardíaca – 7.D
Depressão – 5.D
Diurese – 8.D
Diarréia – 11.12.D
Enxaqueca – 1.C
Estômago – 1.2.3.C – 3.4.5.6.7.D
Enfisema Pulmonar – 4.5.D
Esôfago – 6.7.D
Edema – 8.D
Esfíncter – 1.2.4.5.L
Ejaculação precoce – Sacro
Febre Tifóide – 1.C
Faringe – 4.5.6.C
Falta de Memória – 1.C
Fígado – 1.2.3.4.D – 1.2.L
Frieza das mãos – 7.C
Gengiva – 3.C
Glândulas mamárias – 6.C – 2.3.4.5.D
Gripe – 7.C
Gânglios – 2.C – 3.D
Gota – 10.D
Hipertensão – 11.12.D
Hipertireoidismo – 3.7.C
Hemorragia nasal – 5.6.C
Hipotensão – 6.7.D
Hérnia – 8.D
Hérnia de Hiato – 11.12.D
Hemorragia – 5.L
Hemorróidas – Sacro
Hipivagotonia – 7.C
Insônia – 1.C – 5.D
Intestino Delgado – 7.8.9.11.12.D – 1.2.L
Intestino Grosso – 9.11.12.D – 1.2.3.L
Impotência – 11.12.D – Sacro
Intoxicação – 5.L
Laringe – 3.C
Lombalgia – 2.3.L
Neuralgia Trigêmio – 1.C
Nervo frênico – 3.C
Nefrose – 7.C – 11.12.D
Neurastenia Esplênica – 2.3.6.7.D – 1.2.L
Nariz – 4.C
Neuritis parenquimatosas – 8.D
Olhos – 7.C – 1.3.4.D
Orelha – 7.C – 2.3.4.D
Ovários – 8.9.11.12.D – 1.2.3.L
Obstipação – 11.12.D
Próstata – 1.2.4.5.L – Sacro
Pâncreas – 1.2.3.C – 5.6.7.8.11.12.D
Pulmão – 1.2.3.C – 1.2.3.D
Peritônio – 2.9.D – 1.2.L  
Pleura – 2.C – 1.2.3.D
Pericárdio – 2.C – 1.2.3.D
Parkison – 7.C
Plexo Solar – 2.3.5.D
Pele – 2.3.D
Piloro – 2.3.5.D
Pitose Intestinal – 6.7.D
Pênis – 11.12.D
Rins – 2.8.9.D
Resfriado – 7.D
Regras – 7.D – 5.L
Reto – 4.5.L – Sacro
Secreção ovariana – 7.D
Sentidos – 3.C
Sexualidade – Sacro Cócix
Sífilis – 1.2.L
Soluço – 5.D
Sonambulismo – 1.C
Supra-renais – 7.D
Tríceps – 6.C
Taquicardia – 6.C
Tireóide – 1.2.3.4.C
Tosse – 6.7.D
Testículos – 8.9.11.12.D  
Ureter – 8.D
Urina – 8.11.12.D – 1.2.3.4.L
Útero – 9.11.12.D – 1.2.3.4.L
Úlcera – 11.12.D
Vaso-dilatação – 8.D
Válvula mitral – 11.12.D
Vagina – 4.L  
Vesícula Biliar – 2.6.7.8.D
Vômito – 5.D

Fonte: “Quiropraxia Indiana”, páginas 66-69, de autoria do Dr. Michel Dupont, a quem considero um Sábio e o conheço pessoalmente em seu consultório em Brasília.
A quiropraxia por vezes chega a intervir em casos diagnosticados com necessidade de intervenção cirúrgica – o que neste caso, a avaliação de um profissional em quiropraxia tem muito a contribuir.
A Quiropraxia é praticada por Povos Nativos desde épocas imemoriais. Quanto aos registros oficiais podemos citar alguns. Manuscritos Chineses e Gregos de 2.700 A.C. e 1.500 A.C. mencionam formas rudimentares de manipulação articular e manobras articulares nos membros inferiores do corpo humano a fim de aliviar dores lombares. Hipócrates, "pai da medicina", que viveu entre 460 A.C. a 377 A.C., publicou textos em que detalha: "adquira mais conhecimento sobre a Coluna vertebral, pois é a origem de muitas doenças"
O desalinhamento da Coluna provoca o desequilibrio do corpo de tal forma 
que como você vê nesta foto, uma perna está mais curta do que a outra.

SAÚDE E EQUILÍBRIO - Sete dicas implacáveis para você parar de fumar

Sete dicas implacáveis para você parar de fumar


Psicólogas ensinam como se distrair quando der vontade de fumar um cigarro

O início vem como brincadeira. Um cigarro aqui, outro ali após o jantar e, quando percebe, você já perdeu o controle. A vontade de parar, por outro lado, é muito séria e exige esforço além de vontade firme para resistir à ansiedade que bate em alguns momentos do dia.

Segundo a psicóloga Maria Teresa Cruz Lourenço, coordenadora do grupo de apoio ao tabagista do Hospital do Câncer, a nicotina cria dependência química e também dependência psicológica, já que se torna uma válvula de escape para a ansiedade. "Segurar o cigarro entre os dedos, levá-lo à boca e até combiná-lo com uma xícara de café se tornam parte do dia a dia, abandonar esses trejeitos pode ser bem difícil", afirma. Ela e outros especialistas sugerem sete truques para enganar a vontade de fumar na fase em que ainda é difícil abandonar as tragadas.

Evite locais com muitos fumantes

Da mesma forma que uma pessoa em dieta deve evitar um restaurante com pratos principais muito calóricos, quem deseja largar o cigarro precisa se afastar de lugares com muitos fumantes. "Ficar próximo à tentação nos primeiros dias sem cigarro pode ser muito difícil", afirma a psicóloga Laura de Hollanda Batitucci Campos, das Clínicas Oncológicas Integradas (COI). Ela sugere ainda evitar consumir bebidas alcoólicas, já que beber está intimamente ligado ao hábito de fumar. "Com o tempo fica mais fácil conviver com outros fumantes", diz.

Quebre a rotina

Homem com cigarro e café - Foto Getty Images

Para grande parte dos tabagistas, fumar é parte de uma rotina. Alguns fumam logo ao acordar enquanto tomam uma xícara de café. Outros, infalivelmente, depois do almoço. Por isso, para enganar a vontade de fumar, é fundamental quebrar esses hábitos. "Mude o local da refeição, varie os pratos e as horas das suas atividades", aconselha Maria Teresa.

Concentre-se em outra atividade

Homem escovando os dentes - Foto Getty Images

"Nos primeiros dias longe do cigarro, o ex-fumante tem picos de vontade extremamente perigosos, mas que duram apenas alguns minutos", afirma Laura. Nesses momentos, a melhor saída é se distrair com alguma atividade que exija concentração e que, de preferência, mantenha boca e mãos ocupadas. Quando sentir que está passando por um desses picos, levante e vá escovar os dentes, beba um copo de água ou mastigue alguma coisa. "Só não coma alimentos muito calóricos para não engordar e, mais tarde, alegar que o ganho de peso é resultado do abandono do cigarro".

Busque apoio da família e de amigos

Família abraçada - Foto Getty Images

Tentar envolver amigos e familiares na luta contra o tabagismo pode tornar a tarefa de abandonar o cigarro muito mais fácil. "Com mais aliados nessa luta, todos ficam mais motivados e não há a tentação de conviver tão de perto com alguém que fuma e não tem objetivo de parar", afirma Laura.

Não desenvolva outro vício

Mulher comendo direto da geladeira - Foto Getty Images

De acordo com a psicóloga Maria Teresa, o cigarro funciona como uma válvula de escape da ansiedade para a maioria dos fumantes. Por isso, parar de fumar é resolver apenas parte do problema. "A ansiedade ainda precisa ser extravasada de alguma maneira e o perigo é o ex-fumante investir em hábitos pouco saudáveis para isso, como consumir alimentos altamente calóricos". O apoio de uma nutricionista pode ajudar a vencer esse obstáculo, tornando o combate ao vício menos penoso.

Tenha autocontrole

Mulher meditando - Foto Getyt Images

Afinal, você está realmente disposto a parar de fumar? Para a psicóloga Laura, o ponto mais importante nessa luta é ter força de vontade. "Não é uma tarefa fácil, mas ela é possível. Suporte profissional e dedicação absoluta são essenciais para você alcançar sua meta". Tendo em mente as incontáveis vantagens de acabar com o vício e a motivação que fez você dar o primeiro passo, é bem provável ser bem sucedido.

Sempre tente mais uma vez

Cigarro sendo apagado no cinzeiro - Foto Getty Images

"Recaídas significam apenas que a tentativa seguinte será menos penosa", incentiva Maria Teresa. Segundo ela, estar familiarizado com as principais sensações da abstinência deixa o ex-fumante mais tranquilo e bem preparado. Além disso, o cigarro pode ser abandonado a qualquer momento. "Não importa se você tem 20 ou 80 anos, pode começar uma vida sem cigarro quando quiser"
POR LAURA TAVARES ATUALIZADO EM 22/05/2015

sábado, 23 de maio de 2015

DESPERTANDO O CONHECIMENTO - TPM é classificada em diferentes tipos; conheça sintomas e tratamentos

TPM - Ansiedade, depressão e desejo por doces podem ser controlados




 
Inchaço, dor abdominal, mau humor, dor de cabeça... Esses são apenas alguns dos sintomas que podem acometer as mulheres antes ou durante a menstruação. A TPM, ou Síndrome Pré-Menstrual (SPM), se caracteriza pelo conjunto de sensações que ocorrem cerca de 10 dias antes do início do ciclo menstrual, e atinge cerca de 70% das mulheres brasileiras, segundo dados do Ministério da Saúde.

Durante aproximadamente 28 dias, o corpo da mulher sofre diversas alterações que preparam o útero para receber um bebê. Nos primeiros 14 dias ocorre o período de ovulação, e junto com ele a elevação dos níveis de estrógeno. Esse hormônio é um dos responsáveis por controlar o nosso bem-estar. Nos 14 dias seguintes, a parede do útero começa a engrossar, como se estivesse preparando uma "cama" para o possível bebê. Nessa fase ocorre uma queda nos níveis de estrógeno e elevação nas taxas de progesterona. 

"Essa alteração, quando muito brusca, já pode causar uma série de sintomas, como ansiedade, alterações do humor, dores nos seios e outros tantos conhecidos das mulheres", explica a endocrinologista Andressa Heimbecher, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia. Passados esses 14 dias, o endométrio - parede que recobre o útero - começa a descamar e ser eliminado na forma de menstruação, gerando com ela uma outra queda hormonal, dessa vez na progesterona e no estrógeno. Por isso em algumas mulheres os sintomas podem ser ainda mais intensos durante a menstruação.

Mas você sabia que nem todas as mulheres sentem os mesmos sintomas durante a TPM? São tantas sensações que a medicina separou a tensão pré-menstrual em cinco tipos diferentes, que podem acontecer separadamente ou ao mesmo tempo nas mulheres. E para cada tipo existe um tratamento mais eficaz. Conheça todos eles:

TPM A: foco é a ansiedade
A TPM tipo A está relacionada com a ansiedade. A queda do hormônio estrogênio, que ajuda a baixar o estresse, e maior liberação de adrenalina e cortisol, dupla que contribui para o estresse. 

Os principais sintomas são: 
- Ansiedade 
- Tensão
- Dificuldade para dormir
- Irritabilidade 
- Alterações de humor

 "Em alguns casos a mulher também pode se sentir mais desatenta e atrapalhada, derrubando coisas, batendo em objetos", explica a endocrinologista Andressa Heimbecher, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia. 

Segundo a ginecologista Carolina Carvalho Ambrogini, coordenadora do Ambulatório de Sexualidade Feminina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a melhor maneira de amenizar esses sintomas é praticando exercícios físicos, além de manter uma dieta adequada. "A atividade física ajuda a liberar endorfinas, hormônios que dão sensação de prazer", afirma. Para casos mais graves, existem alguns medicamentos, como os ansiolíticos, que podem ser usados para amenizar os sintomas. Mas só um médico, que pode ser o ginecologista, o endocrinologista ou um psiquiatra, poderá passar o melhor tratamento para o paciente. 


TPM C: o foco é a compulsão alimentar
A TPM tipo C está relacionando principalmente a compulsão alimentar. Ela recebe a classificação C porque vem do inglês craving, que significa desejo. Se durante a menstruação ou antes dela você prefere os restaurantes mais gordurosos ou ataca o chocolate que está no armário, esse é o seu tipo de TPM. 

Os sintomas que se encaixam na TPM C são:
- Compulsão por doces ou salgados
- Vontade de comer guloseimas ou comidas diferentes
- Dores de cabeça 
 
Essa TPM está relacionada com os mecanismos de recompensa que temos no cérebro. Quando você come um alimento rico em açúcar ou gordura, algumas áreas no seu cérebro são ativadas, dando a sensação de prazer. Como durante a TPM os hormônios estão alterados, esse mecanismo pode gerar uma reação exagerada, causando uma sensação de prazer ainda maior.

Para amenizar esse tipo de sintoma, primeiramente deve-se tentar fazer escolhas alimentares mais saudáveis ou então praticar atividade física - que também pode ajudar a amenizar a dor de cabeça. 

Manter uma dieta equilibrada e rica em ômega 3, presente nos peixes e frutos do mar, pode ajudar a controlar essa compulsão. "O uso de ansiolíticos e alguns medicamentos para compulsão em casos específicos também pode ser receitado", diz a endocrinologista Andressa. De acordo com a especialista, algumas mulheres relataram que suplementos como ômega 3 e óleo de prímula ajudam na redução dos sintomas de desejo.

"A enxaqueca e dor de cabeça pode ser prevenida com o uso de medicamentos, como o topiramato", diz Andressa. "Mas só um médico poderá receitá-lo", acrescenta. Além disso, o uso de anticoncepcional de baixa dose também pode ser utilizado, ou mesmo analgésicos comuns focados para o alívio da dor.

TPM D: o foco são sintomas depressivos
A tensão pré-menstrual do tipo D está relacionada com os sintomas depressivos.
Os principais sintomas dessa TPM são: 
- Raiva sem razão 
- Sentimentos perturbadores
- Pouca concentração
- Lapsos de memória 
- Baixa autoestima
- Sentimentos violentos 

"Essas sensações são causadas geralmente pela redução de serotonina e à resposta exagerada que corpo pode dar diante às oscilações hormonais normais do período", afirma a endocrinologista Andressa. A ginecologista Carolina recomenda o uso de antidepressivos se os sintomas forem graves, mas que no geral podem ser controlados com uma dieta equilibrada, prática de atividade física e cessação de vícios, como álcool e tabaco.

TPM H: o foco é inchaço
A TPM tipo H tem esse nome porque está relacionada à palavra "hidratação". 

Pessoas que tem a TPM do tipo H sentem:
- Retenção de líquidos (inchaço)
- Ganho de peso (por conta da retenção de líquido)
- Inchaço abdominal
- Sensibilidade e inchaço em mamas
- Inchaço nas extremidades do corpo, como mãos e pés 

"Em alguns casos o uso de diuréticos pode ser necessário", explica a endocrinologista Andressa. No entanto, as especialistas afirmam que o principal é reduzir o consumo de alimentos que promovem a retenção de líquidos, como sal e cafeína. Isso ajuda a reduzir o inchaço e sensibilidade.

TPM O: outros sintomas
Existem outros sintomas menos comuns que também podem estar relacionados à TPM, entre eles estão:
- Alteração nos hábitos intestinais
- Aumento da frequência urinar
- Fogachos ou sudorese fria 
- Dores generalizadas, incluindo cólicas 
- Náuseas
- Acne
- Reações alérgicas 
- Infecções do trato respiratório. 

"A liberação de agentes inflamatórios relacionados com o fluxo menstrual podem interferir no fluxo intestinal e causar dores, como cólicas", declara a endocrinologista Andressa. O uso de anti-inflamatórios nos dias que precedem o fluxo menstrual e nos primeiros dias pode ajudar a regularizar.

Devido à retenção hídrica o organismo pode tentar se autorregular, levando ao aumento na frequência do urinar na sequência. "Reduzir o consumo de sódio é a principal medida", declara a ginecologista Carolina. Já os fogachos e sudorese fria, se forem realmente incômodos, podem ser tratados com o uso dos anticoncepcionais de baixa dosagem. "Isso evita as oscilações hormonais maiores e com isso previne as queixas relacionadas aos fogachos", explica Andressa.
A acne terá tratamento local para redução da oleosidade e uso de anticoncepcional com ação antiandrogênica, ou seja, bloquear a ação hormonal masculina sobre a pele. "A náuseas e infecções do trato respiratório tem um tratamento preventivo mais global, com prática exercícios, redução de sal, cafeína, álcool, açúcar e cigarro."


Quando a TPM é uma doença
Algumas mulheres sofrem com sintomas tão fortes durante a TPM que podem ser incapacitantes, nesse caso é classificada como uma doença chamada de desordem disfórica pré-menstrual. "Em alguns casos pode ser que ela nem consiga levantar da cama, de tanta dor", diz a ginecologista Carolina. Nesse caso, o tratamento médico deve ser feito de perto, com medicamentos para controle dos sintomas específicos. Não existe, portanto, um único remédio para toda mulher que sofre com TPM, mas sim tratamentos tópicos, conforme o que ela está sentindo. 

Anticoncepcionais x TPM
Mulheres que tem sintomas leves podem se beneficiar do uso de anticoncepcionais para eliminar a TPM. "Isso porque os medicamentos mantem os níveis de estrógeno sempre elevados, evitando a queda brusca que ocorre antes da menstruação e causa dos sintomas", afirma Andressa Heimbecher. Os anticoncepcionais sem pausa são os que mais beneficiam nesse quesito. No entanto, é preciso ficar atenta: anticoncepcionais com altas taxas de hormônio podem ter efeito contrário, pois quando a mulher faz a pausa os níveis de estrógeno sofrem uma queda brusca, podendo causar e agravar a TPM. "O melhor a fazer é conversar com seu ginecologista", diz a ginecologista Carolina.