sexta-feira, 8 de maio de 2015

EQUILÍBRIO E HARMONIA - Conheça os sintomas do estresse e saiba como eles progridem

Conheça os sintomas do estresse e saiba como eles progridem

É preciso estar atento a alterações de humor e comportamento



Os sinais iniciais de estresse costumam aparecer em atividades do dia a dia. O que antes parecia simples passa a ser complicado. O que dava satisfação começa a irritar. O que era visto como conquista transforma-se em derrota. O pior é que muitas dessas mudanças não são notadas, justamente porque a pessoa está estressada e não tem condições de julgar os problemas com equilíbrio, o que faz a bola de neve aumentar. "A maioria das pessoas só se dá conta quando surge alguma doença", afirma a psicóloga Fátima Bitencourt. Em vez de esperar até que patologias como depressão, asma, gastrite, infarto e alguns tipos de câncer se desenvolvam, fique atento às alterações de comportamento. 
Conheça os sintomas do estresse - Foto: Getty Images
Sintomas do estresse
O neuropsiquiatra Rubens Pitliuk, do Hospital Albert Einstein, cita alguns dos itens aos quais se devem prestar atenção: diminuição do rendimento na escola ou no trabalho, insatisfação, irritabilidade, indecisão, julgamentos errados, piora na organização, insônia, sono agitado, falhas de concentração e memória, uso de finais de semana para colocar o serviço em dia, dedicação de cada vez mais tempo ao trabalho e menos ao lazer, diminuição de entusiasmo e sensação de monotonia. 

Depois desses sinais, vêm os sintomas propriamente ditos. De acordo com Pitliuk, são eles: cansaço, ganho ou perda de peso, má digestão, prisão de ventre e diarreia, gases, gastrites, úlceras, baixa de resistência, infecções, gripes, herpes, pressão arterial alta, derrame, infarto, dores de cabeça, musculares e na coluna, entre outros. 
Fátima explica que há uma progressão dos sintomas até se chegar à Síndrome de Burnout, ou esgotamento físico e mental. Segundo a especialista, o ideal é que um grupo de profissionais, formado por médicos, psicólogos e neuropsicólogos, avalie a situação. Mas a escala abaixo pode ajudar a identificar em que nível de estressea pessoa se encontra. 

1 - Dedicação intensificada, com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho; 
2 - Descaso com as necessidades pessoais; 
3 - Atividades básicas como comer, dormir e sair com os amigos perdem o sentido;
4 - Sintomas emocionais como irritação, impaciência e ansiedade aparecem; 
5 - O portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas; 
6 - Necessidade de isolamento; 
7 - Nesta fase, as outras pessoas são completamente desvalorizadas e tidas como incapazes. Além disso, o indivíduo pode ter agressividade, vazio interior e depressão; 
8 - Marcas de indiferença e desesperança surgem; 
9 - A vida perde o sentido e o colapso físico e mental acontece; 
10 - A pessoa pode ver ou não que seu caso é de emergência e necessita ajuda médica e psicológica. 
POR MINHA VIDA

EQUILÍBRIO E HARMONIA - Sete alimentos que combatem a ansiedade

Sete alimentos que combatem a ansiedade


Ricos em vitaminas e aminoácidos, eles melhoram a tranquilidade e a disposição

Está cada vez mais difícil manter a calma? Todo mundo vive dizendo que você é uma pessoa
ansiosa? 
A ansiedade provoca uma bagunça nas emoções e de quebra ainda reflete na saúde. 
Quando em excesso, ela desencadeia a sensação de mal-estar e te impede de viver a vida com mais
leveza, sem tanta angústia em relação ao que ainda está por vir. 
Os ataques de gula também são creditados a ela. 
Existem tratamentos e terapias para controlar a ansiedade, mas sabia que a alimentação também pode
ajudar a domar este furacão interno? 
Alguns alimentos contêm aminoácidos e vitaminas essenciais, que atuam diretamente diminuindo o
estresse, combatendo a ansiedade e aumentando os níveis de serotonina, responsável pelo bem-estar
e pelo relaxamento. 
A seguir, conheça os sete alimentos campeões para aquietar a mente

Frutas cítricas: Estudos comprovaram que a vitamina C, presente nas frutas cítricas, diminui a secreção de cortisol, hormônio liberado pela glândula adrenal em resposta ao estresse e à ansiedade e responsável por transmitir a notícia de estresse para todas as partes do corpo. Seu consumo promove o bom funcionamento do sistema nervoso e aumenta a sensação de bem-estar. "Vitaminas e minerais, como a vitamina C, por exemplo, são perdidas nos quadros de estresse e ansiedade, além de queda de açúcar no sangue (hipoglicemia). Por isso, existe a necessidade de suprir essas carências", ressalta a nutricionista Rosana Farah, membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade.


leite, ovos e queijos - foto Getty Images

Leite, ovos e derivados magros: Eles são uma ótima fonte de um tipo de aminoácido, o triptofano, que alivia os sintomas de ansiedade. De acordo com a nutricionista Rosana Farah, uma vez no cérebro, o triptofano aumenta a produção de serotonina, o hormônio da felicidade, que é um neurotransmissor capaz de relaxar e dar sensação de bem-estar. A especialista recomenda o consumo de 2 a 3 porções por dia deste grupo de alimentos.

carboidratos - foto Getty Images

Carboidratos: Os carboidratos, provenientes dos cereais na sua forma simples e integrais, e das frutas mais adocicadas, também podem combater a indesejada ansiedade. "Eles elevam o nível de açúcar no sangue, dando energia, bem-estar e disposição", explica Rosana Farah. Pães, arroz, aveia, feijão, massas, batata, mel, jabuticaba, uvas, maçãs fazem parte deste grupo alimentar. A quantidade recomendada é de 6 a 9 porções diárias.

banana - foto Getty Images

Banana: Um estudo feito por pesquisadores do Instituto de Pesquisas de Alimentos e Nutrição das Filipinas comprovou que esta fruta ajuda no combate da depressão e alivia os sintomas da ansiedade. Graças ao alto teor de triptofano qua a fruta carrega, ajudando na produção de serotonina.

carnes e peixes - foto Getty Images

Carnes e peixes: Eles são a melhor fonte natural de triptofano, aminoácido que em conjunto com a vitamina B3 e o magnésio produzem serotonina, um neurotransmissor importante no processo do sono, do humor e que regula os níveis de ansiedade. Além disso, as carnes e peixes contêm outro aminoácido chamado taurina. Esta substância aumenta a disponibilidade de um neurotransmissor chamado GABA, que o organismo usa para controlar fisiologicamente a ansiedade. "A recomendação diária em relação às carnes é de 1 a 2 porções, dê sempre preferência às carnes brancas e magras", recomenda a nutricionista Rosana Farah.

chocolate - foto Getty Images

Chocolate: O chocolate é rico em flavonoides, um tipo de antioxidante que favorece a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e que melhora o humor, reduzindo a sensação de ansiedade. explica a especialista em nutrição clínica e gastronomia, Rosana Farah. O recomendado são 30 gramas de chocolate por dia. E de preferência ao chocolate amargo, bem menos calórico e mais rico em flavonoides.

espinafre - foto Getty Images

Espinafre: O espinafre contém folato (ácido fólico), que é uma potente vitamina antidepressiva natural. Segundo a nutricionista Rosana Farah, ele combate a ansiedade, pois quando está em baixas concentrações no organismo também diminui os níveis cerebrais de serotonina. Além disso, segundo um estudo da Universidade da Califórnia, o cérebro consome muita energia para funcionar e isso resulta na sobra de resíduos químicos oxidantes. É neste momento que alimentos, como o espinafre, começam a trabalhar para eliminar as substâncias em excesso, "desenferrujando" o cérebro.

POR ROBERTA LEMGRUBER ATUALIZADO EM 17/04/2015

EQUILÇÍBRIO E HARMONIA - Atente para sete sinais da depressão

Atente para sete sinais da depressão


Confundir a doença com tristeza e personalidade mais fechada atrapalha o tratamento

depressão é uma doença que afeta mais de 350 milhões de pessoas de todas as idades, gêneros e
etnias, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Embora o risco de ter depressão seja maior
entre as pessoas com histórico da doença na família, maus hábitos comportamentais (como dormir 
pouco e cultivar pensamentos negativos) também podem favorecer uma crise ou agravar ainda mais
um quadro já em desenvolvimento.

"Adotar atitudes mais saudáveis protegem seu corpo contra os sintomas da depressão, mas é preciso buscar tratamento depois que a doença se instala", afirma o psiquiatra Ricardo Alberto Moreno, professor doutor do Instituto de Psiquiatria da USP. Um dos principais problemas de quem sofre com este doença é acreditar que ele vai desaparecer por conta própria ou assumir que o mal-estar é permanente e faz parte da personalidade. Nada disso: se você apresentar, ao menos, um dos sinais listados a seguir e achar que ele tem prejudicado a sua rotina, aproveite para procurar um especialista.

Dormir pouco

"A falta do sono é um dos gatilhos para o aparecimento da depressão", afirma o psiquiatra Ricardo Alberto Moreno, professor doutor do Instituto de Psiquiatria da USP. Segundo o especialista, o organismo é regido pelo claro e escuro, ou seja, dia e noite. Assim, do ponto de vista biológico, você está programado para a realização de atividades no período diurno e para o repouso no período noturno. "Inverter essa ordem ou reduzir o tempo que deveria ser destinado ao sono provoca desequilíbrios físicos e psicológicos", diz.

Enquanto dorme, o seu corpo libera hormônios, a atividade cerebral sofre alterações e a temperatura varia para permitir um bom desempenho das tarefas ao acordar. Interromper esse ciclo, portanto, pode afetar o metabolismo como um todo e servir de gatilho à depressão. O cuidado especial deve ficar por conta dos mais jovens. "Com uma rotina tão agitada e diante de tantos estímulos, como celular, computador e televisão, o sono tem sido deixado em segundo plano", diz o especialista.

Insônia

Homem com insônia - Foto Getty Images

Além de favorecer a depressão por privar o corpo do tempo de descanso necessário para a realização de diversos processos fisiológicos, a insônia por si só está ligada a problemas orgânicos ou psíquicos. "As duas principais causas da dificuldade de pegar no sono são produção inadequada de serotonina, substância química que permite a transmissão de informações entre os neurônios, eestresse", diz o psiquiatra Ricardo.

A psiquiatra Eutímia Brandão de Almeida Prado, do Hospital Universitário de Brasília, complementa dizendo ainda que a insônia também é um dos critérios para o diagnóstico da depressão. "As alterações neuroendócrinas que o paciente sofre geralmente afetam sua capacidade de dormir", afirma. O resultado, segundo ela, é um agravamento das alterações de humor.

Sofrimento antecipado

Mulher preocupada - Foto Getty Images

"Sofrer por antecipação pode precipitar um quadro de depressão", afirma a especialista Eutímia. Momentos de ansiedade e de estresse não são restritos a uma ou outra pessoa, mas passar por isso com frequência e cultivar pensamentos pessimistas sobre o futuro pode favorecer o desenvolvimento da doença. Pessoas com essa característica costumam ser insatisfeitas e nem sempre aproveitam plenamente ocasiões de prazer. Enquanto em alguns casos o sofrimento antecipado é decorrente da necessidade de controle sobre o que acontece, típico traço de uma personalidade insegura, em outros ele se torna paralisante, concretizando um problema.

Perda de apetite

Mulher sem fome - Foto Getty ImagesComer não é apenas uma forma de repor as energias perdidas ao longo do dia. "O hábito também está associado à sensação de prazer proporcionada pelo sabor e pela temperatura dos alimentos", afirma o psiquiatra Ricardo. Quem começa a entrar em um quadro depressivo, entretanto, deixa de sentir esse prazer, o que afeta diretamente seu apetite. De acordo com o especialista, são raros os casos em que o paciente passa a sentir mais fome já que a comida não ameniza sua insatisfação.
A psiquiatra Eutímia afirma que isso faz parte de um quatro de anedonia ou incapacidade de sentir prazer. "A perda de apetite é um traço característico, mas a pessoa em depressão não se sente motivada a fazer nada daquilo que fazia anteriormente", explica.

Perfeccionismo

Homem perfeccionista - Foto Getty Images

Querer as coisas do seu jeito e se apegar aos detalhes mais singelos pode não ser problema, mas quando se torna uma compulsão ou obsessão, pode favorecer a depressão. "Uma pessoa escrava do perfeccionismo sofre quando seu planejamento não dá certo ou não fica, no mínimo, de acordo com o esperado", afirma o psiquiatra Ricardo. Segundo ele, a constante frustração de quem estabelece metas mais altas do que pode alcançar não é saudável. "Seja criterioso com o que faz e veja o fracasso como um aprendizado, e não como um problema".

Variação de humor

Mulher triste - Foto Getty Images


"Todos os transtornos depressivos são caracterizados por variações de humor", diz a psiquiatra Eutímia. Na maior parte dos casos, o indivíduo permanece em um estado de tristeza constante, mas, no caso da depressão bipolar, há oscilações entre estados de tristeza e euforia. O diagnóstico de depressão ganha força quando as variações se tornam persistentes e duram mais de 15 dias.

Segundo ela, apenas em uma consulta com um profissional é possível definir se as alterações de humor são normais ou se tornaram uma patologia. "Todos sofremos mudanças de humor ao longo do dia, mas quando isso começa a se tornar um fator limitante, ou seja, começa a impedir a realização das tarefas rotineiras, então o quadro precisa de tratamento", afirma.

Solidão

Idoso sozinho - Foto Getty Images

"A solidão se torna um problema quando repercute no desenvolvimento social ou profissional", afirma a psiquiatra Eutímia. Segundo a especialista, algumas pessoas gostam de ficar sozinhas e conseguem tornar esse momento produtivo, o que não caracteriza problema algum. O quadro muda apenas quando você evita situações por precisar interagir ou achar que a segurança do isolamento é sempre melhor do que a insegurança que ele pode sentir no meio social. O comportamento é uma armadilha para a depressão e precisa de tratamento.

POR LAURA TAVARES ATUALIZADO EM 24/04/2015