segunda-feira, 15 de agosto de 2016

DESPERTANDO O CONHECIMENTO - O QUE É UM DECRETO, USANDO O PODER DAS PALAVRAS...

O PODER DE DECRETAR


Todos temos esse poder...
 
 

Decreto

Segundo o dicionário, decreto significa: Vontade pré-ordenada, édito ou comando, decisão de autoridade, declaração, lei, regulamento ou lei religiosa; um mandamento ou comando.

Decretar. Decidir, declarar, determinar ou ordenar; comandar ou impor; invocar a Presença de Deus, sua consciência/energia/Luz, seu poder e proteção, pureza e perfeição (uso da Ciência da Palavra Falada).

Está escrito no Livro de Jó - “Determinando (decretando) tu algum negócio, ser-te-á firme, e a luz brilhará em teus caminhos”.

O decreto é a mais poderosa de todas as solicitações à divindade.

É o “demandai-me ordens” de Isaías 45:11, comando original à Luz, que, assim como “Faça-se a luz”, é o direito inato dos filhos ou filhas de Deus.

É a Palavra autorizada de Deus, dita no homem em nome da Presença do EU SOU e do Cristo vivo para efetuar a transformação construtiva na Terra, por meio da vontade de Deus e de sua consciência, assim na terra como no céu – na manifestação aqui, embaixo como no alto.

O decreto dinâmico oferecido com louvor e petição ao SENHOR Deus é a “fervorosa e eficaz prece do justo” que é de grande valor.

Por meio do decreto dinâmico, dito com alegria e amor, fé e esperança na graça de Deus, o suplicante experimenta a transmutação pelo fogo sagrado do Espírito Santo, o “julgamento pelo fogo”, por meio do qual todo pecado, doença e morte são consumidos e a alma justa é preservada.

O decreto é o instrumento do alquimista e a técnica para a transmutação e auto-transcendência pessoal e planetária.

O decreto pode ser curto ou longo, e é geralmente caracterizado por um preâmbulo formal e uma conclusão, ou aceitação.

“Hoje em dia, não existem na Terra orações capazes de levar o planeta à Era de Aquário que possam comparar-se aos decretos escritos por Mark Prophet”.

O PODER DA PALAVRA




A Ciência da Palavra Falada descreve o uso da voz e do chakra laríngeo (da garganta) na recitação de mantras, salmos, orações, invocações, afirmações, cânticos de alegria e louvor, e decretos, destinados a intensificar a ação das forças benignas no corpo planetário e no mundo individual do homem.

A Ciência da Invocação é uma das técnicas mais importantes e essenciais para a mestria pessoal, ensinada pela Grande Fraternidade Branca, onde a arte de decretar se pratica.

A Ciência dos Decretos é uma das mais eficazes formas de meditação - uma meditação consumada através do Poder da Palavra Falada.

Aplicando este método de expansão da consciência, você poderá aproximar-se da Chama da Vida existente no seu próprio ser.

OS DECRETOS

Durante anos, a consciência da maioria dos indivíduos foi carregada com imperfeição, resultante do mau uso da Energia de Deus na linguagem, criando assim muitas formas distorcidas, que são mantidas vivas pela mesma energia que as criou. Da mesma forma, se a palavra falada é doadora de paz e harmoniosa em sua expressão, a consciência se ilumina com a luz da Divindade e então o indivíduo se converte em uma Presença Confortadora para toda vida ao seu redor.

Por isso, os decretos foram apresentados ao homem, para que ele os pudesse usar para equilibrar o mau uso da palavra e os modelos de pensamento imperfeitos criados durante muitas centenas de encarnações. Para romper essas formas distorcidas, é necessário usar a energia que vibre na mesma gama vibratória, porém qualificada construtivamente.

Os decretos:
»» Atraem o descenso da Luz;
»» Atraem a atenção de um Ser Divino;
»» Atraem a assistência da Legião Angélica e Dévica;
»» Equilibram o mau uso da palavra falada através do uso construtivo do Verbo Divino em ação;
»» Direcionam a correspondente Virtude ou Dádiva para a pessoa, situação, lugar ou coisa;
»» Elevam a gama vibratória dos átomos;
»» Ajudam a consciência externa a focalizar a atenção na solução do problema e
»» Mantêm o ritmo e clareza das demandas à Luz.



O PODER DE DECRETAR

O poder da palavra falada é a autoridade do próprio processo criador. O primeiro decreto foi proferido por Deus, que disse: "Haja Luz!" e houve Luz.

Os decretos são falados pelo homem porque é o poder da palavra (ou do verbo), e nenhum outro poder no universo, que pode criar, ressuscitar, transmutar e aperfeiçoar a Imagem Divina nos filhos e filhas de Deus. Os decretos devem, por isso, serem feitos em voz alta; só quando tal não for possível é que deveis fazê-los silenciosamente.

Os Mestres explicam que, por requisito da Lei Cósmica, só lhes é permitido prestar serviço à humanidade quando haja pessoas que ofereçam as suas energias às Hostes de Luz através de orações ou decretos. As Hostes Angélicas, a quem foi pedida assistência, amplificam a energia libertada na recitação dos decretos.

Aqueles que insistem no seu desejo de meditar em silêncio, esquecem-se, com demasiada freqüência, de que há uma hora e lugar próprios para a meditação silenciosa, uma hora e lugar próprios para a oração, e uma hora e lugar próprios para decretar. Todos os três podem ser usados em serviços religiosos. Todos os três podem ser praticados individualmente em casa, ou em grupo, conforme cada um quiser. No entanto, uma forma de culto não substitui as outras.

O livre arbítrio foi concedido ao homem para que êle se tornasse senhor do seu mundo, ou seja, do plano material. Por conseguinte, Deus não intervém para modificar situações de injustiça ou infelicidade, a menos que o homem apele para Ele. Ao fazê-lo, o homem decide, de livre vontade, deixar que Deus tome as rédeas da autoridade e governe a sua vida.

Se, no exercício diário do vosso livre arbítrio e na progressiva conquista do domínio da terra, quiserdes que o mais Alto vos auxilie, tendes de mandá-lo descer ao vosso mundo, à vossa vida, orando de modo idêntico ao que Jesus ensinou aos Seus discípulos - no imperativo - dizendo: "Venha a nós o Vosso Reino! Seja feita a Vossa Vontade, assim na Terra como no Céu!".

O ritual de pedir para que possais receber, de buscar para que possais encontrar, e de bater para que a porta seja aberta, é a chave para a automestria obtida através de uma cooperação consciente com Deus.

"Não há palavras que possam descrever adequadamente o maravilhoso sentimento de paz, alegria, liberdade e bem-aventurança oferecidos aos estudantes avançados que dominaram a técnica dos decretos.
Se fizerdes os vossos decretos, não só ritmica mas também corretamente, ireis juntando nos céus os vossos tesouros pessoais e permitireis que milhões de homens presos em vórtices de cruéis emoções e sentimentos conflituosos escapem e obtenham a liberdade".
(Lord Maitreya)

EQUILÍBRIO E HARMONIA - Sobre a Inveja e o Ciúme

Sobre a Inveja e o Ciúme

inveja e o ciúme

Estranho sofrimento, a inveja. Sentimos inveja da felicidade que os outros têm certamente, não da sua infelicidade. Isso não é ridículo? 

Não seria natural desejar a felicidade dos outros? Porque sentir desconforto quando as pessoas à nossa volta estão felizes? Por que sentir despeito das boas qualidades que têm? O oposto da inveja é regozijar-se com todas as alegrias, pequenas ou grandes, que os outros vivenciam. Dessa maneira, a felicidade deles se torna nossa também.

A inveja não tem o lado atraente do desejo, não vem disfarçada de justiceira como a raiva, não se enfeita com ornamentos sombrios como o orgulho e nem mesmo é preguiçosa como a ignorância. Não importa sob que luz seja examinada, sempre surge como algo detestável. Eis o retrato que Voltaire faz dela:

A sombria Inveja, de tons pálidos, lívida,
Seguindo, cambaleante, a Suspeita que a guia.
Há diversos graus de inveja e ciúme, uma vasta gama que vai de uma leve inveja à fúria cega e destrutiva. 

Existe a inveja branda, cotidiana, que se destila em pensamentos semiconscientes e emerge em comentários depreciativos. É uma inveja que se traduz em uma leve maldade contra um colega que vai melhor do que nós, ou em cáusticas reflexões sobre um amigo para quem a sorte sempre parece sorrir. A essa inveja leve se opõe a obsessão sempre repetitiva, que explode às vezes em um acesso de fúria incontrolável, quando ocorre uma infidelidade, ou um rival recebe uma distinção que esperávamos para nós. 

A inveja e o ciúme derivam da incapacidade fundamental de se regozijar com a felicidade ou o sucesso do outro. O homem ciumento ensaia o insulto na sua mente, esfregando sal na ferida muitas e muitas vezes, fazendo com que seja impossível ser feliz naquele momento.

Em qualquer caso, a inveja é produto de uma ferida no nosso ego, na nossa auto-importância, não passando, portanto, de uma ilusão. Mais ainda, a inveja e o ciúme são um contra-senso para aquele que os sente. Pois, ao não ser que se recorra à violência, a única vítima desses sentimentos é aquele que os alimenta. A sua fúria e o seu ressentimento não evitam que o alvo da inveja desfrute sucesso, riqueza ou distinção.

Precisamos considerar o seguinte: o que a felicidade dos outros pode realmente tirar de nós? 
Nada, é claro. Só o ego fica ferido com ela e a sente como uma dor. É ele que não suporta o bem-estar alheio quando estamos deprimidos ou a saúde alheia quando estamos doentes. 

Por que não tomar a alegria dos outros como uma fonte de inspiração, um exemplo vivo de felicidade realizada, em vez de fazer dela motivo de aborrecimento e frustração?

E quanto ao ciúme que surge de um sentimento de injustiça ou traição? 


Ser enganado por alguém com quem temos uma ligação profunda parte o nosso coração, mas, de novo, o responsável por esse sofrimento devastador é o amor a si mesmo. 

La Rouchefoucauld observa nas suas “Máximas” que “no ciúme há mais amor-próprio do que amor”.

Uma amiga confidenciou-me recentemente: “A infidelidade do meu marido magoa-me no mais íntimo e profundo de mim mesma. Não posso suportar a ideia de que ele seja mais feliz com outra mulher. Fico me fazendo a mesma pergunta, sem cessar: ‘Por que não eu? O que ele encontra nela que eu não tenho?’”

Mesmo sendo difícil manter a imparcialidade em tais circunstâncias, quem cria essa dificuldade senão o ego? O medo do abandono e o sentimento de insegurança estão intimamente ligados à falta de liberdade interior. 

A preocupação consigo mesmo, a absorção em sim mesmo – com o seu inseparável cortejo de medo e esperança, atração e rejeição – é a maior inimiga da paz interior. Se não, o que impediria de nos regozijarmos ao ver uma pessoa amada encontrar mais felicidade com o outro qualquer? Não é uma tarefa fácil, mas se realmente queremos que a outra pessoa seja feliz, não podemos definir a maneira como ele deve agir para conseguí-lo. 

Só o ego tem a audácia de afirmar: “A sua felicidade depende da minha”. Como escreveu Swami Prajnanpad: “Quando você ama alguém, não pode esperar que essa pessoa faça as coisas de maneira que lhe agrada. Isso seria o equivalente a amar a si mesmo”.

Se conseguíssemos pensar com clareza, ainda que remotamente, deveríamos ter a coragem de tentar abster-nos de reforçar as imagens mentais que nos torturam, bem como a obsessão que nos faz sonhar com cruéis represálias contra aquele ou aquela que “usurpou” a pessoa de quem sentimos ciúme. 

Essas imagens e essa obsessão se devem inteiramente ao fato de termos nos esquecido do nosso potencial interior para a paz e a ternura. Uma pessoa que está em paz pode compartilhar a sua felicidade, mas não encontra utilidade alguma no ciúme. 

Útil será gerar empatia e amor altruísta por todas as pessoas, inclusive os nossos rivais. Esse antídoto curará a ferida e a seu tempo a inveja e o ciúme desaparecerão, como um sonho ruim.




Trecho do livro Felicidade – A prática do Bem Estar de Matthieu Ricard, extraído do Portal do Budismo. |

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EQUILÍBRIO E HARMONIA - Você se apega à sua opinião?

Você se apega à sua opinião?




Quando nos apegamos obstinadamente as nossas opiniões por mais legítima que seja nossa causa, estamos simplesmente adicionando mais agressividade ao planeta e com isso aumentando a violência e o sofrimento. 

Cultivar a não agressão é cultivar a paz.

Uma das melhores práticas para a vida cotidiana, quando não temos muito tempo para meditar, é perceber nossas próprias opiniões. 

Quando estamos praticando meditação sentada, faz parte da técnica estar consciente dos próprios pensamentos. Então, sem julgamentos, sem classificá-los como certos ou errados, simplesmente reconhecemos que estamos pensando. Esse é um exercício de não agressão em relação a si mesmo e é também uma prática que traz à tona nossa inteligência – ver que estamos apenas pensando, sem acrescentar qualquer tipo de esperança ou medo, louvor ou culpa. 

No entanto, quando sentamos para meditar, nem sempre nos saímos tão bem. Perceber que estamos pensando, mesmo quando isso acontece apenas por um quarto de segundo durante uma hora inteira, frequentemente vem acompanhado de culpa ou louvor. É bom ou mau. Seja como for, outros aspectos estão envolvidos, além de simplesmente rotularmos esse processo como “pensando”.

Entretanto, após praticarmos meditação por algum tempo, vai se aquietando pelo simples fato de estarmos conosco sem qualquer outra atividade além de estar atento a própria expiração e perceber os pensamentos. Como consequência, aprofundamos cada vez mais nossa percepção. Quer sintamos ou não esse processo, a verdade é que ele está ocorrendo. Na meditação, nós nos permitimos mais espaço, e começamos a ver o que surge com clareza e intensidade crescentes. Vemos que, o tempo todo, produzimos muitos pensamentos e também que surgem lacunas em toda essa tagarelice. Podemos ainda perceber nossas atitudes diante do que está acontecendo. 

Com isso, entramos em sintonia com nossos padrões habituais e vemos o que fazemos e quem somos no momento em que usamos ideias e opiniões para impedir nossa própria desintegração.

Quando não estamos meditando, também podemos começar a perceber nossas opiniões, da mesma forma que percebemos nossos pensamentos durante a meditação. Essa prática é extremamente útil, pois temos muitas convicções e uma tendência a achar que elas representam a verdade. No entanto, não é bem assim. Elas são apenas nossas opiniões. Nós as sustentamos com grande apoio emocional. Frequentemente, exprimem julgamentos e críticas. 

As vezes, refletem nossa apreciação ou elogio. De qualquer modo, temos muitas opiniões.

Opiniões são opiniões, nada mais, nada menos. Podemos começar a percebê-las e rotulá-las como tal, assim como rotulamos nossos pensamentos. Por meio desse exercício simples, entramos em contato com a noção de ausência de ego. O ego nada mais é que o conjunto de nossas opiniões, mas nós o consideramos sólido e real – uma verdade absoluta. 

Ter ao menos alguns segundos de dúvida sobre a solidez e verdade absoluta de nossas próprias opiniões, ao menos começar a ver que elas existem, leva-nos a conhecer a possibilidade de ausência de ego. Não temos de nos livrar delas, nem nos criticarmos por tê-las. Podemos apenas observar o que dizemos a nós mesmos e perceber que grande parte disso só reflete nossa visão particular da realidade, que pode ou não ser compartilhada pelos demais.

É possível simplesmente deixar que nossas opiniões passem e voltar ao momento presente. Voltamos a olhar o rosto de quem está a nossa frente, a saborear nosso café, a escovar os dentes, ou ao que quer que estejamos fazendo. 

Quando, ao menos por um instante, conseguimos perceber nossas opiniões como opiniões, permitindo que elas se dissipem e voltando a qualidade imediata de nossa experiência, descobrimos que estamos em um mundo novinho em folha, que temos olhos e ouvidos novos.
Quando falo em perceber nossas opiniões, estou me referindo a um método simples para começar a prestar atenção no que pensamos e fazemos, e na grande quantidade de energia que acompanha esse processo. 

Então, é possível também começar a observar como tornarmos as coisas sólidas e como é fácil iniciar uma guerra para que nosso ponto de vista prevaleça sore o dos demais. Somos especialmente tentados a fazer isso quando estamos envolvidos em algum tipo de causa social.

Vamos utilizar o exemplo da camada de ozônio. Estamos certos, quando afirmamos que sua diminuição é um fato cientifico não uma mera opinião. Entretanto, se tentarmos impedir essa destruição tornando sólidas nossas opiniões contra aqueles que consideramos culpado, nunca mudaremos nada. Negatividade gera negatividade. Em outras palavras, mesmo quando nossa causa é nobre ou tem um bom fundamento, nós não a estamos defendendo quando alimentamos sentimentos agressivos pelos opressores ou por aqueles que criam situações de perigo. 

Nunca mudaremos nada com a agressividade.


Poderíamos argumentar que a não agressão também não traz muitas mudanças. Ela, entretanto, beneficia imensamente a Terra. A agressividade é a raiz da fome, da miséria e da crueldade no nível pessoal. Quando nos apegamos obstinadamente as nossas próprias opiniões, por mais legítima que seja nossa causa, estamos simplesmente adicionando mais agressividade ao planeta e, com isso, aumentando a violência e o sofrimento. Cultivar a não agressão é cultivar a paz. 

Para pôr um fim as guerras é preciso deixar de odiar o inimigo. Esse processo começa quando percebemos que nossas opiniões sobre nós mesmos e sobre os demais são apenas uma visão da realidade, sem transformá-las em um motivo para aumentar a negatividade no mundo.

A chave está em perceber a diferença entre uma opinião e a inteligência límpida. Inteligência é ver os pensamentos como tal, sem classificá-los como certos ou errados. No contexto da ação social, vemos quando governos, empresas e pessoas obviamente estão poluindo os rios ou prejudicando pessoas e animais. Podemos tirar fotos. Podemos documentar os fatos. Vemos que o sofrimento é real. Isso é possível porque temos inteligência e não nos deixamos levar por conceitos de bem e mal, esperança e medo.
Cabe a nós separar o que é opinião e o que é fato. Só assim poderemos enxergar com inteligência. Quanto mais pudermos ver com clareza, mais poderosos serão o nosso discurso e as nossas ações. 

Quanto menos eles estiverem obscurecidos pela opinião, melhor será nossa comunicação, não apenas com os que estão poluindo rios, mas também com aqueles a quem cabe pressionar essas pessoas.

Como ensinou Buda, é importante ver o sofrimento como sofrimento. Não estou falando em ignorar ou calar-se, mas quando não acreditamos tanto em nossas opiniões nem solidificamos o conceito de inimigo, estamos conquistando algo. Quando não nos deixamos levar por nossa indignação, vemos a causa do sofrimento com mais clareza e disso decorre o seu fim.

Esse processo exige enorme paciência. 


É importante lembrar que, quando estamos lá fora, lutando por reformas sem agressividade, estamos trazendo paz ao mundo, mesmo se não atingirmos nosso objetivo específico. Temos de dar o melhor de nós mesmos e, ao mesmo tempo, desistir de qualquer esperança de realização. Don Juan aconselhou Carlos Castañeda a agir como se suas atitudes fossem a única coisa importante do mundo, sabendo, o tempo todo, que elas não têm importância nenhuma. Isso nos leva a uma maior apreciação e menor desgaste, pois passamos a trabalhar com entusiasmo e carinho. Por outro lado, cada dia é um dia novo. 

Deixamos de estar tão excessivamente voltados para o futuro. Embora estejamos caminhando com uma direção e nosso objetivo seja diminuir o sofrimento, é preciso lembrar que manter nossa clareza mental, manter nossa mente e coração abertos faz parte dessa ajuda. Quando as circunstâncias nos fazem desejar fechar os olhos, tapar os ouvidos e transformar os outros em inimigos, uma causa social pode ser a prática mais avançada. 

Como continuar a falar e agir sem agressividade representa um enorme desafio. Para isso, o passo inicial é perceber nossas próprias opiniões.
Não há ninguém no planeta, nem os que consideramos opressores nem os que vemos como oprimidos, que não possua o que é necessário para despertar. Todos nós precisamos de apoio e encorajamento para tomar consciência do que pensamos, falamos e fazemos. Se elas o tornam não agressivo, perceba isso também. Cultivando uma mente que não se apega ao certo e errado, encontraremos um novo modo de ser. Dessa atitude decorre a definitiva interrupção da insatisfação. 

E finalmente, nunca desista de si mesmo, pois só assim nunca desistirá dos outros. Dedicadamente, procure fazer o que é preciso para despertar sua inteligência límpida, mas faça isso aos poucos, dia após dia, momento após momento. Se vivermos assim, estaremos beneficiando nosso planeta.
A riqueza fundamental está disponível a cada momento. 

A chave está em relaxar: relaxar diante de uma nuvem no céu, de um passarinho com asas cinzentas, do som do telefone que está tocando. Podemos ver a simplicidade nas coisas como elas são. Podemos experimentar os cheiros e sabores, sentir as emoções e ter lembranças. 

Quando somos capazes de estar bem ali sem dizer: ‘’Eu definitivamente concordo com isso’’ ou ‘’eu definitivamente não concordo com isso’’, mas apenas estando ali muito diretamente, encontramos a riqueza fundamental por toda parte. 

Ela não é nossa nem de ninguém, ela está sempre disponível para todos. Nas gotas de chuva e nas gotas de sangue, na melancolia e no prazer, essa riqueza é a natureza de todas as coisas. Ela é como o sol que brilha para todos sem discriminação. É como um espelho, já que está disposta a refletir qualquer coisa sem aceitar ou rejeitar.
 
— Texto de Pema Chodron, no livro “Quando tudo se desfaz”.
(Via: Buda Virtual)

DESPERTANDO A CONSCIÊNCIA - A crise é essencial

O ser humano está sempre em crise.



 Ele é crise constante, que não é acidental, mas essencial. O próprio Ser das pessoas consiste de crise – daí a ansiedade, tensão e angústia. O ser humano é o único animal que se desenvolve; que se move, se transforma, que não nasce completo, fechado ou como uma coisa, mas como um processo.
Ele está em aberto, seu Ser consiste em tornar-se, e esta é a crise. Quanto mais ele se torna mais ele É.

O ser humano não pode tomar a si mesmo como algo garantido, do contrário a pessoa se estagna e vegeta, e a vida desaparece.
A vida somente permanece quando a pessoa está se movendo de um lugar a outro; a vida é este movimento entre dois lugares. Não se pode ficar vivo num só lugar – esta é a diferença entre algo morto e um fenômeno vivo. Uma coisa morta permanece no mesmo lugar; ela é estática.
A coisa viva se move – não apenas se move, mas salta. A coisa morta permanece sempre no conhecido e o fenômeno vivo segue se movendo do conhecido para o desconhecido, do familiar em direção ao não-familiar; esta é a crise.
O ser humano é o mais vivo.
Você precisa continuar a se mover.
O movimento cria problemas, pois ele significa que você precisa seguir morrendo para aquilo que você conhece; para o passado, que é familiar, confortável e aconchegante.
Você o viveu, ganhou experiência, aprendeu muito com ele; agora não há perigo nele, ele se ajusta a você e você se ajusta a ele. Mas o ser humano precisa se mover, precisa continuar a aventura.
Você somente é uma pessoa quando continuamente prossegue nesta aventura do conhecido ao desconhecido.

A mente se apega ao passado, pois ela é o passado. Mas seu Ser deseja ir além do passado, deseja investigar. Seu Ser tem um descontentamento intrínseco que eu chamo de descontentamento divino. Tudo que você tem, você consumou isso; tudo o que você é, você consumou isso. Você deseja ter aquilo que você não tem e ser aquilo que você não é.

O ser humano tateia no escuro à procura de mais ser, de um novo ser, de um ser mais rico.

Não é correto dizer que o ser humano nasce em um dia e morre no outro. Isso é verdadeiro em relação aos outros animais, mas não em relação ao ser humano. Animais nascem um dia – eles têm um nascimento – e então um dia morrem.

O ser humano está constantemente morrendo e constantemente nascendo. Cada momento é uma morte e um nascimento. Nele, a morte e o nascimento não são opostos, mas são como duas asas de um pássaro, complementares, uma ajudando a outra.
A morte simplesmente ajuda o nascimento acontecer. A morte segue limpando o terreno, de tal modo que o passado possa cessar e o futuro possa ser; a morte está a serviço do nascimento. Na verdade não está correto chamá-los de dois momentos. Trata-se de um processo visto de dois ângulos diferentes.

É como um portão, de um lado é a entrada e do outro é a saída; ou como a respiração: a mesma respiração entrando é chamada de inspiração e a mesma respiração saindo é chamada de expiração; trata-se da mesma respiração.

A morte é a expiração, o nascimento é inspiração. O nascimento é a entrada, a morte é a saída, mas é a mesma energia de vida, a mesma onda.

O ser humano precisa morrer a cada momento e precisa estar pronto para renascer repetidas vezes. Entre essa constante morte e renascimento, está a vida, entre esses dois está o intervalo que é a vida.

A vida está entre o passado e o futuro, neste pequeno intervalo chamado presente.

Ele não tem duração, ele existe sem qualquer duração. O passado tem duração e extensão; o futuro tem duração e extensão. O presente não tem duração; ele simplesmente existe… Ele é atômico. Entre o longo passado e o longo futuro existe um intervalo. Conhecem esse intervalo apenas aqueles que prosseguem constantemente morrendo e renascendo, pois eles passam repetidamente através dele. Sempre que se está disposto a passar por esse intervalo, encontra-se uma crise.

A crise é que a mente naturalmente deseja se apegar ao conhecido, ao familiar; ela é eficiente nisso. De alguma forma, ela aprendeu, e a aprendizagem foi árdua; agora de repente, você se move e toda aquela aprendizagem é perdida e nunca será de novo relevante e em nenhuma outra situação terá qualquer significado. Ela somente pode ter significado na situação na qual você viveu. Apegue-se a ela, diz a mente.

Mas o Ser não pode ser contido pela mente; ele é infinito e a mente é uma abertura bastante pequena. O Ser é como o céu – ele não poder ser contido nela. A mente é muito estreita e o Ser deseja sair dela, deseja crescer e se tornar mais e mais amplo. O Ser deseja ir ao recanto mais distante da existência; ele é uma aventura, ele deseja arriscar – esta é a crise.

E cada pessoa precisa encarar essa crise. Existem duas alternativas: devido ao medo você pára de morrer para o passado e fica estagnado. As pessoas chamam suas estagnações de segurança e proteção, mas essas duas são apenas racionalizações para permanecerem estagnadas.
Elas se tornam poças ao invés de rios, se encolhem e jamais conhecem a satisfação do fluir.
A satisfação é apenas um subproduto do fluir.

Quando o rio flui, há satisfação, há dança, há canção. Quando sua vida flui de um espaço para outro, há satisfação – a excitação do novo.

Pode-se permanecer seguro e protegido com o passado, pode-se evitar a crise, e é isso que milhões de pessoas decidiram. Mas então elas permanecem medíocres e imbecis, apenas envelhecem e não amadurecem. Elas ficam estagnadas; suas vidas se tornam um deserto e elas jamais chegam a ver o oceano.
Somente quando se chega a conhecer e a entrar no oceano é que se sabe o que é bem-aventurança.

O ser humano precisa continuamente abandonar o passado e continuar a procura; ele precisa alimentar e nutrir a sua busca.



Mas o ser humano inventou muitas e muitas coisas para evitar isso, ele inventou muitas filosofias. O problema real é somente um: como seguir continuamente morrendo para o passado? Como continuar a permanecer corajoso o suficiente para tomar uma nova vida a cada momento? Como continuar a nascer? Este problema é evitado pela filosofia; ela fala sobre Deus, sobre o que é a verdade, sobre a criação, sobre o céu e inferno e sobre mil outras coisas.

A filosofia distrai, a teologia engana e a arte decora e consola. A arte é uma espécie de remédio, quando que o necessário é uma cirurgia, não um remédio. Ela é consoladora, mas não transformadora.

Deus não é permanente. Deus é desconhecido. Mesmo aqueles que o conheceram não o conhecem. Quando eles o conhecem, sabem somente uma coisa; que chegaram ao desconhecido. E esta é a beleza. Certamente Deus é eterno, mas não permanente. Mas a eternidade é um fluxo. Deus está mais na flor do que na estátua que você venera no templo. Ele está presente em cada momento, em cada morte, em cada nascimento.

Deus é mudança, é crise, é caos. Mudança é Deus, pois somente a mudança é eterna.
A verdadeira religião não está preocupada com nada além desta vida. Ela investiga esta vida e encontra o além. A outra realidade não está em algum outro lugar, mas oculta nesta realidade. Esta realidade é a outra realidade! A diferença está na sua visão; se você tiver profundidade, verá que esta realidade é a outra realidade. Isto é aquilo! Este significado do famoso dizer dos Upanixades: “Swetketu, vós sois aquele, Tatwamasi, Swetketu”.

Deus está presente em tudo, é a profundidade de tudo – deixe-nos dizê-lo desta maneira. Deus é a profundidade da rosa, da rocha, do homem e da mulher, do amor, da tristeza, da alegria… Deus significa profundidade. E você só saberá como viver profundamente se prosseguir constantemente morrendo para o passado e nascendo no futuro. Entre esses dois acontece a profundidade e o seu Ser se aprofunda. De repente a porta se abre e você pode ver aquilo que É. Por um momento a mente não está mais funcionando e é abandonada. A nova mente ainda não nasceu e você pode ver a verdade como ela É. Logo a nova mente nascerá, e no momento em que ela nasce ela começa a envelhecer; novamente você terá de abandoná-la. Isso eu chamo de meditação.
Meditação é uma maneira de encarar a crise real da vida, de encarar o próprio crescimento e as dores crescentes.

(por Rajneesh Osho em A Sabedoria das Areias)  


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DESPERTANDO A CONSCIÊNCIA - Busque o grande potencial do Universo - Confie no Universo

Busque o grande potencial do Universo 

Este é um momento de grande oportunidade, e, desta vez, a sua alma está lhe dizendo que isto é algo que você deve simplesmente permitir que se revele.
O Universo também viu que você terá a energia necessária para experimentar esta nova e brilhante direção. Confie no Universo e afirme com clareza as suas intenções e peça aos seus anjos para tornar brilhante o caminho à frente, para ajudar a guiá-lo.
Você pode ser inspirado pelo anjo das ideias ou sentir como se um imenso presente caísse do céu e aterrissasse na sua frente. Aproveite esta energia e entre em ação. Isto será emocionante, assim avance e não olhe para trás.
Quando permite e deixa a sua vida fluir, você entra mais em sintonia com os eventos sincronizados que estão orquestrados pela sua comitiva de seres de luz para ajudá-lo a cumprir a sua jornada e as suas escolhas.
Esta conexão de corpo, alma e mente é um estado importante para ajudá-lo ao longo do caminho que o conduz ao caminho certo.
Veja-se ou se sinta neste caminho e em conexão com a vibração da sincronicidade e permita que o potencial de tudo o que é se manifeste para você de maneira grandiosa.
O Mantra para hoje é: “Eu aceito as possibilidades e permito a revelação dos eventos, pois o grande potencial do Universo proporciona experiências únicas e maravilhosas para mim.”
E assim é.
Você é muito amado e apoiado, sempre
Os Anjos e Guias

Fonte: http://www. playingwiththeuniverse.com/ – Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br

Confie no Universo

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Sempre confie no Universo para guiá-lo em suas escolhas e apoiá-lo em suas decisões. Se não sabe como conduzir determinada situação de sua vida, apenas volte para seu estado natural de alinhamento e reconecte-se consigo mesmo.
Você veio para este mundo com um objetivo nobre – e não digo NOBRE no sentido de ser superior ou magnânimo, de realizar grandes feitos… E sim nobre no sentido de ser único, importante e valioso, algo que apenas VOCÊ pode dar ao mundo. Mas, apesar de ser uma fonte infinita de luz, amor e energia, você está literalmente condensado na matéria e limitado pelas leis que regem Yin, Yang e o mundo manifesto – tempo e espaço limitam e cerceiam seus movimentos. E, neste cenário, é MUITO fácil de você se esquecer de quem verdadeiramente é, do que veio fazer aqui, dos seus atributos divinos e de sua capacidade infinita de dar e receber amor. E TUDO BEM, estes são os desafios da tridimensionalidade »» desafios de TODOS NÓS que temos o privilégio de estarmos vivendo esta linda jornada sobre a face deste LINDO planeta.
Mas não confunda a jornada com o destino final. Não significa que, porque neste momento você está em um local escuro, que você não foi desenhado com a finalidade ÚNICA de ser um raio de sol no final. Apenas siga e confie, entrando em alinhamento consigo mesmo e com seus verdadeiros propósitos e verdades.
Volte àquele lugar de quietude e tranquilidade que existe dentro de você e saiba que TUDO tem sua hora certa para acontecer. Saiba que o Universo SEMPRE manda sinais da direção na qual você deve seguir, e sempre envia anjos para apoiá-lo no caminho nos momentos de grande decisão. Apenas se mantenha conectado e confiante. Todo o resto acontece do modo como deve acontecer e em seu devido tempo.
Apenas olhe para este espaço dentro de você que NUNCA SE ESQUECEU de quem você verdadeiramente é, respire fundo e agradeça, de antemão, por todas as bençãos que o Universo e a Cria-Ação estão tratando de enviar a você neste exato momento. 
(Flavia Melissa)

DESPERTANDO A CONSCIÊNCIA - O ANJO DA TRANSFORMAÇÃO !!!

O ANJO DA TRANSFORMAÇÃO !!!




A TRANSFORMAÇÃO É UM PROCESSO MISTERIOSO QUE INCLUI EM SI MUITAS MUDANÇAS.
A LAGARTA QUE SE TRANSFORMA EM BORBOLETA, O CREME EM MANTEIGA, O CHUMBO EM OURO. 
DE UM NÍVEL PARA O OUTRO UMA ALQUIMIA INTERIOR SE PROCESSA E, NUM INSTANTE INESPERADO, SOMOS BORBOLETA, MANTEIGA OU OURO TRANSFORMADOS NUMA NOVA DIMENSÃO. 
A TRANSFORMAÇÃO ACONTECE NATURALMENTE À MEDIDA QUE NOS ENTREGAMOS AO FLUXO DA ENERGIA DIVINA QUE TUDO PERMEIA E VIVIFICA.
PARA MEDITAR:

 " ESTOU CONSCIENTE DA ENERGIA DIVINA QUE MOVE O MEU SER E ME TRANSFORMA NO QUE SOU."

EQUILÍBRIO E HARMONIA - Cinco sentimentos que fazem bem - Cultivar bons sentimentos traz equilíbrio e uma boa saúde. - Pense Positivo, Insista no pensamento Positivo!

Cinco sentimentos que fazem bem

 

Se você acha que o segredo da boa saúde é ter uma prateleira cheia de remédios, está enganada. A solução pode ser mais simples: basta aprender a cultivar bons sentimentos. Em certos casos, o simples fato de rir, por exemplo, pode ser muito mais benéfico do que tomar um remédio de tarja preta.

Saber perdoar, ser generosa e humilde são outras atitudes mais eficientes para a saúde do que frequentar vários médicos. "Essas atitudes fazem com que o organismo bloqueie a produção de substâncias prejudiciais à saúde e evita futuras doenças", afirma Geraldo Possendoro, médico e psicoterapeuta da Unifesp.E o melhor: explorar as boas emoções não custa nada!

Cinco sentimentos para ter mais saúde

Alegria
Quem cultiva bom humor, em vez de raiva, fica menos vulnerável a doenças. Mais: a capacidade de se divertir reduz o estresse e ensina a lidar melhor com problemas.

Perdão
Estudo da Universidade de Tennessee (EUA) mostrou que quem perdoa tem melhor pressão arterial do que quem guarda mágoas.

Generosidade
Fazer o bem (não importa a quem, lembre-se!) reduz os batimentos cardíacos.

Otimismo
Os otimistas têm menos probabilidade de morrer de doenças cardíacas ou de um derrame cerebral.

Tranquilidade
Ela reduz o risco de problemas no coração.

Cinco dicas para estimular os bons sentimentos:
1. Faça exercícios físicos regulares.
2. Coma seis porções de frutas ou legumes por dia.
3. Descubra seu "talento oculto", algo que goste de fazer, como dançar,cantar, bordar...
4. Adote um animal de estimação.
5. Aprenda a ver o lado positivo de certas situações negativas.

Sentimentos do bem evitam...
· Colesterol alto
· Diabetes
· Depressão
· Doenças cardiovasculares
· Hipertensão
· Úlceras e gastrite
· Queda de cabelo
· Síndrome do pânico


Pense Positivo, Insista no pensamento Positivo!

 
A motivação vem do pensamento. Cada acção que temos é precedida por um pensamento que inspira essa acção. Mas, quando deixamos de pensar (devidamente), perdemos a motivação para agir. Eventualmente caímos no pessimismo e miserabilismo, e isto leva-nos a pensar ainda menos. E assim sucessivamente. 
 
Uma espiral descendente de negatividade e passividade, alimenta-se dela mesma como uma sanguessuga. Grande parte de nós passamos o nosso tempo de vigília em automático, como se estivéssemos a sonhar,  onde esse sonho se desenrola sem a nossa consciência debitar o quer que seja. 
 
Fazemos mais um dia as mesmas coisas da mesma forma, com o mesmo ritmo, criticamos os outros e a nós mesmos com as mesmas frases, como se tivéssemos decorado o guião de um peça de teatro e a fossemos recitando, dia após dia.


O REVERSO DA MEDALHA DOS NOSSOS HÁBITOS INSTITUÍDOS

Grande parte das nossas rotinas sedimentaram-se na nossa vida por nos serem úteis, por nos servirem e nos facilitarem a quantidade de coisas que fazemos. 
 
Sentimo-nos confortáveis a fazer aquilo que sempre fizemos, aquilo que nos é fácil, que fazemos sem ter que prestar atenção. Podemos chamar a este processo, os nossos hábitos instituídos. 
 
Até aqui, tudo muito bem! Mas, se alguns desses hábitos passaram a não ser adequados, prejudicam-nos, incapacitam-nos ou impedem de sentirmo-nos bem, de sermos apreciados pelos outros, de sermos aceites em sociedade, ou nos impedem de atingir os nossos sonhos e objetivos? 
 
Se nos toldaram a criatividade, a perspicácia, a vontade de aprender, de olhar a vida por outras perspetivas e alternativas?
 

Os nossos hábitos instituídos podem passar a ser a nossa maior dor de cabeça. Habituámo-nos a eles por um processo de repetição até chegarmos ao ponto de julgarmos que nós somos mesmo assim, que isso faz parte da nossa personalidade.
 
Mas, nada poderia estar mais errado. Só julga ser assim porque fechou a janela das possibilidades, das alternativas, da consciência, de pensar acerca das coisas, das suas coisas, daquilo que  quer e que não quer. Se continuarmos a percorrer os trilhos da vida num estado “adormecido”, muito provavelmente iremos atingir um ponto de cristalização do nosso pensamento, perdemos a flexibilidade de pensamento e criamos uma inclinação mental desadequada.
 

Vejamos o seguinte exemplo: Digamos que uma pessoa com uma inclinação mental para o pessimismo levantou-se num sábado de manhã e colocou na sua ideia que tinha de arrumar e limpar a garagem. 
 
Dirige-se à garagem, abre a porta e fica chocado por ver a quantidade de lixo e desarrumação. “Esquece isso” Diz o pessimista no maior dos lamentos. “Ninguém conseguiria limpar esta garagem num só dia!” 
 
Perante esta situação e num estado mental de incapacidade, fecha a porta da garagem e volta para outra divisão da casa para fazer outra coisa qualquer.


Os pessimistas têm um pensamento de “tudo ou nada”. Têm um pensamento catastrófico e absolutista. Ou fazem as coisas de forma perfeita ou não fazem. Vejamos como é que o otimista enfrentaria o mesmo problema. 
 
Vamos assumir que até dizia a mesma coisa: “Esquece isso”. Ninguém conseguiria limpar esta garagem num só dia!” No entanto, uma grande diferença entre o pessimista e otimista saltaria à vista. 
 
Ao invés de voltar para casa, o otimista continuaria a pensar. “Pronto, não consigo limpar toda a garagem, mas ainda assim, o que é que eu posso fazer?” Ele pensa durante um pouco, e tem a ideia de dividir a garagem em 4 secções e limpar apenas uma nesse dia. “De certeza que consigo limpar uma secção, e se limpar uma parte por semana, certamente até ao final do mês consigo limpar toda a garagem”. 
 
Ao fim de um mês os cenários serão diferentes: O pessimista terá a garagem numa desgraça e o otimista uma garagem limpa.


O SABOTADOR INTERNO

O pessimista tem uma inclinação mental para pensar de forma desanimada ou que não consegue fazer nada, que as coisas não valem a pena, desiste de pensar positivo muito rapidamente. Na grande maioria da vezes o pessimista é um desistente crónico, foca-se nos piores cenários e não acredita que as coisas possam dar certo. 
 
A estes aspetos negativos do programa mental do pessimista podemos chamar de sabotador interno. É um sistema auto-perpetuador de conexões entre as células cerebrais, uma presença neurológica que parece ser tão intrínseca a nós, que normalmente não temos consciência da sua influência. 
 
O sabotador interno é uma consequência da forma como você pensa acerca das coisas. Pode ser muito difícil  desaprender aquilo que aprendeu e julga ser parte de você, mas é possível.

Sabemos que um músculo se desenvolve através do esforço repetido. Se você deixar de o usar, se parar de o exercitar, as conexões entre as células musculares irão enfraquecer. Assim, acontecerá com os vários aspectos da sua inclinação mental, do seu sabotador interno. Assim que você o identificar, e inibir essas ideias e comportamentos, as conexões entre as células cerebrais irão diminuir, perdendo a sua força, enfraquecendo a sua inclinação mental pessimista. Para aprofundar mais um pouco este tópico, pondere ler o nosso artigo: Os 10 sabotadores do seu sucesso.


ESPECIALIZAÇÃO NEURONAL


O nosso cérebro especializa-se através de um processo de repetição de comportamentos, através do reforço de grupos de redes neuronais. Na infância à medida que vamos enfrentando os desafios e dificuldades da vida, vamos colocando em acção algumas formas de lidar com as situações. Algumas destas estratégias funcionam e são retidas. O sabotador interno nasceu.

Por exemplo, se uma criança é criticada pelos seus pais, a estratégia de lidar com a situação pode ser agir “erradamente” dado que esta é a única forma da situação lhe fazer sentido. 
 
Ela irá desenvolver comportamentos “errados” para dar razão aos seus pais. Uma criança que é ignorada pode achar que só terá atenção quando está doente, assim, a doença, queixas somáticas ou pequenos acidentes tornar-se-ão num mecanismo de enfrentamento inconsciente. 
 
A criança “aprendeu” a ser um falhado, aceitar a crítica e a ter relacionamentos sem apoio. Estas estratégias, até podem ter funcionado na infância para diminuir a fúria da mãe, mas certamente serão disfuncionais na adultez. A dura realidade, é que estas estratégias tornaram-se a sua “especialização” desenvolvida para lidar com um conjunto particular de circunstâncias.
 
Se registássemos uma possível lista dos comportamentos auto-sabotadores desenvolvidos através dos mecanismos de lidar com as situações, ficaria algo do género:

“Eu assumo que vou falhar, por isso não tento.”
“Eu comporto-me como se nada de bom me aconteça.”
“Eu dificilmente confiarei em alguém.”
“Eu critico os outros e acho que os outros me criticam.”
“Eu acho difícil fazer amigos.”
“Eu rejeito as pessoas que são boas para mim ou que me tentam ajudar.”
“Eu evito confrontar-me com situações  em que as pessoas me possam julgar.”

Este é apenas um exemplo como o nosso sabotador interno se desenvolve. Estas especializações infelizmente não se ficam apenas pela infância, podem sedimentar-se em qualquer altura da nossa vida. Tal como esta criança, também nós nascemos com a capacidade para aprender um conjunto quase ilimitado de respostas comportamentais. Importa referir, que a especialização neuronal formada pelas nossas reacções a situações sobre as quais não temos controlo, limita-nos severamente as nossas opções.
UM TESTEMUNHO DO VALOR DO PENSAMENTO POSITIVO

Para testemunhar uma das mais profundas ilustrações da efetividade prática do otimismo na história da América, você tem de relembra-se do filme, Apollo 13, ou então visioná-lo. Para além do trabalho de trazerem os astronautas do outro lado da lua ter sido assustador e esmagador, o desafio foi realizado em pequenas tarefas de cada vez. As pessoas que estavam no controlo da missão em Houston e que salvaram os astronautas, conseguiram esse feito extraordinário porque mesmo perante a “impossibilidade” dos problemas tecnológicos, eles continuaram a pensar positivo. Eles nunca desistiram. Procuraram por soluções parciais, e declaram que iriam agarrar-se a essas soluções parciais e trazer os seus homens em segurança para casa.


Dica: Sempre que você se sinta pessimista ou oprimido, relembre-se para continuar a pensar positivo. Continue a pensar, continue a pensar positivo.

De acordo com a abordagem da psicologia positiva, pensar positivo não se resume de forma alguma apenas a afirmações positivas ou de capacidade. 

Estas podem formar a base da intenção daquilo que se quer e pretende que aconteça. Mas,  provavelmente a estratégia que mais conta, é a estruturação de um encadeamento de acções que suportadas pelas afirmações irão expressar as forças, valores, objetivos e crenças adaptativas da pessoa ou grupo de pessoas. As pessoas que pensam de forma otimista, capacitadora e positiva, escolhem fazer um uso diferente da imaginação humana. A imaginação que cada um de nós possui deveria ser usada, não para fugir à realidade, mas para a criar.





Não hesite em pensar, não hesite em pensar positivo. Não se deixe levar pelos caminhos vincados (inadequados) da sua mente. Desperte, acorde, fuja à rotina da sua inclinação mental para a desistência. Resista à sua paragem de pensamento para a solução, insista na busca de possibilidades e caminhos alternativos, persista na reestruturação do seu pensamento positivo.


fonte http://www.escolapsicologia.com/
Conteúdo do site ANAMARIA